Uma das principais missões do gestor governamental Paulo Ferreira ao ir para a Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico (Sedec/MT), foi a de reestruturar o Núcleo de Gestão Estratégica para Resultados (Nger) da pasta.
“O Nger já existia, mas estava muito longe do papel que se esperava. Os núcleos já estavam sendo implementados nos diversos órgãos do Estado, mas ainda não havia um reconhecimento do seu papel, da sua importância. Eu cheguei com a ideia de fazer com que o Nger tivesse um maior apoio e reconhecimento do nível estratégico e uma atuação em consonância daquilo que se esperava dele”, observa.
O Nger, explica Paulo Ferreira, é um braço de diversos órgãos sistêmicos e atua auxiliando na implantação de Políticas Públicas nas mais diversas áreas, com destaque para o planejamento, orçamento, desenvolvimento organizacional, transparência, entre outros.
Ele acredita que tenha conseguido fazer com que o Nger tivesse uma atuação de acordo com o esperado. “Houve momentos de altos e baixos, e isso faz parte do trabalho."
“Com o tempo nós conseguimos com que houvesse um reconhecimento da razão de existir do Nger perante as demais áreas da Sedec, de que forma podíamos contribuir para uma boa gestão do órgão, e uma das estratégias foi assumir as atribuições que eram nossas no papel, mas que na prática não estava acontecendo”, completa.
Atuação descentralizada
Paulo Ferreira defende, por outro lado, que seja reforçada a atuação descentralizada dos gestores governamentais e que sejam ofertados treinamentos para ampliação dos conhecimentos básicos da carreira.
“Se houver, por exemplo, a necessidade de elaborar um planejamento estratégico do órgão, todo gestor deve ter condições técnicas de utilizar as ferramentas deste processo e implementar esta demanda."
Paulo Ferreira reconhece a atuação do Núcleo de Ações Prioritárias (Nap), da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag), que coordena e distribui os gestores governamentais pelos órgãos do governo estadual, contribuindo efetivamente para o processo de descentralização.
“Nem sempre o gestor sai de um órgão, de um trabalho e já vai para outro. É preciso um período de estudo, verificar demandas, fazer entregas intermediárias entre um trabalho e outro. O NAP é uma estrutura que possibilita fazer isso e tem a tendência de se concretizar como uma área de consolidação das entregas feitas pela carreira”.
Ele considera que, no atual governo, os gestores governamentais estão conseguindo cumprir seu papel, porém com pouco reconhecimento institucional.
“É uma característica, deste governo, criar um ambiente um pouco mais aberto, sair um pouco da formalidade da burocracia típica de estado e valorizar as entregas. Um ambiente organizacional que favorece a criatividade é sempre mais interessante para todos, mais dinâmico”.
Mas, acrescenta ele, não se pode deixar de observar as regras da Administração Pública, porque elas existem por algum motivo. “Nosso papel é contribuir para melhorar este cenário, criatividade com segurança, ajustando aquilo que deve ser feito com aquilo que pode ser feito, sem deixar de avaliar ainda, num cenário de escolhas excludentes, quais são as mais eficientes”.
AGGEMT
Além disso, Paulo Ferreira reconhece a importância da atuação da Associação dos Gestores Governamentais do Estado de Mato Grosso (AGGEMT) na construção da identidade da carreira num contexto organizacional.
"Vejo nossa associação como vital para a carreira, é um local de apoio, debate, de encontro de gestores que possam contribuir institucionalmente para a carreira. A força das pessoas está no conjunto, não no individualismo, e ali é um local onde cada integrante da carreira deve encontrar os benefícios de se atuar em conjunto”, completa.