Existe uma quantidade grande de pessoas que antes de adotar um pet faz um extenso trabalho de pesquisa, que inclui conversas com médicos veterinários, para saber qual raça é a mais indicada para o seu estilo de vida, acrescentando a curiosidade sobre qual o tempo de vida estimado de cada animal.
Na nossa Página de Raças, por exemplo, nós colocamos essa informação em todos os descritivos. A saber, na média os pets vivem entre 10 e 13 anos, sendo que alguns dificilmente completarão uma década de vida, enquanto outros possivelmente chegarão a debute. Mas afinal, será que a genética pode explicar porque alguns cachorros vivem mais do que outros?
É o que busca responder o estudo feito por pesquisadores de uma universidade húngara, que se propuseram a sequenciar completamente o DNA de um casal de cães que passaram dos 20 anos de idade, e compará-los aos genoma de outros 850 cães de longevidade média.
O estudo mostrou que dois aspectos valeriam ser investigados com mais profundidade: os 472 genes do DNA canino que estão ligados tanto ao funcionamento do sistema nervoso quanto ao sistema imunológico, assim como o conjunto de genes que estão relacionados à transcrição dos genes.
O tema em sua totalidade é complicado, mas dá pra simplificar. Pense que esse conjunto de genes é o responsável por copiar o material genético do animal e transcrevê-lo para cada nova célula gerada, como se fosse uma máquina copiadora. E quando esse aparelho apresenta algum problema de impressão, o funcionamento das novas células fica prejudicado, pois cópias ruins sucessivas tendem a resultar em células menos saudáveis que danificam toda uma “engrenagem” de uma máquina, neste caso chamada cachorro.
Ou seja, se essa hipótese e suas variáveis se confirmarem, o desafio para uma longevidade canina maior estaria em saber como conseguir fazer essa máquina copiadora trabalhar com mais eficácia por mais tempo para que as células novas sejam capazes de manter o corpo trabalhando e se desenvolvendo com saúde.
E ainda que não nos seja oferecida a receita para fazer os nossos amados companheiros viverem por mais tempo, este estudo pode ser um importante ponto de partida para outras pesquisas, que podem beneficiar tanto os peludinhos quanto a nós mesmos.