O gato é um animal que gosta da sua própria caixa de areia, de ter o seu potinho de ração exclusivo e geralmente fica arredio quando tem que dividir seu espaço com um peludinho recém-chegado. Mas, apesar dessas preferências e comportamentos, não dá pra dizer que o felino gosta de viver sozinho.
Se manter uma relação saudável em dupla ou em grupo não é tarefa simples pra ninguém, com os gatos a história não seria diferente. Pra saber se um gato se dá melhor sozinho ou em grupo, é necessário levar em conta três fatores: temperamento do bichinho, o ambiente em que vive e a idade que ele tem.
A natureza do animal por si só não é capaz de escolher um dos lados, pois o gato tem seu lado solitário e também sociável. O primeiro é percebido na hora da refeição, já que por instinto ele gosta de caçar sem a companhia de outro animal, e é por isso que quando há mais de um gato na residência os potes de ração devem ser colocados longe um do outro. O lado mais social tem origem nos gatos selvagens que formam colônias e, convivendo em grupo, se ajudam na criação dos mais jovens.
Filhotes são mais sociáveis
Até chegar na sua fase adulta (aproximadamente um ano), o gato não faz muita questão de ter um território para chamar de seu e a companhia de um outro felino como parceiro de aventuras vai muito bem – mesmo que eles não sejam da mesma ninhada.
Isso acontece com a maioria pois é uma maneira dos pequeninos aprenderem habilidades sociais interagindo e brincando uns com os outros. Porém, isso não é uma regra, lembre-se que um fator determinante é o temperamento do animal, que desde cedo pode não se sentir confortável na presença de estranhos.
Já tenho um gato adulto, não posso ter outro?
Claro que pode! Mas para dar uma forcinha para que a relação já comece com a “pata direita” é bom seguir algumas recomendações importantes. A gente publicou recentemente uma matéria bem completa sobre o assunto, mas ressalta aqui os principais pontos.
A escolha mais acertada a se fazer ao escolher um novo peludinho é procurar um que tenha a mesma idade do gato que já faz parte da família, assim eles terão um nível de energia semelhante. Imagine que você é um gato mais velho e adora tomar um sol na janela ou ficar de preguiça no sofá, mas do dia pra noite aparece um filhote cheia de energia pra querer brincar e ficar pulando em cima de você durante boa parte do dia. Não seria muito legal, né?
O segundo passo é fazer a apresentação dos felinos de maneira gradual, pense em qual cômodo o novato ficará por pelo menos um mês. Lembre-se que esse espaço escolhido deverá contar com tudo aquilo que o novo integrante da família precisa: água, comida, arranhador, caixa de areia, cama e brinquedos. Por debaixo da porta os bichanos poderão conhecer os cheiros e sons um do outro e facilitará a convivência mais próxima no futuro.
Um novo companheiro(a) para um gato de luto
Quando os gatos vivem em conjunto e em determinado momento um integrante já não está mais por perto, é normal que quem ficou tenha o seu período de luto. Um erro a não ser cometido nessas horas é correr pra providenciar logo a chegada de um novo felino.
Os gatos são capazes de formarem laços afetivos e não dá pra transferir o vínculo de um animal para o outro. O recomendado é aguardar alguns meses antes de adotar um novo peludinho, sem esquecer, é claro, de seguir novamente as recomendações acima.
Tenha em mente que um novo gato é um novo ser, com novo temperamento, novo cheiro e tudo sobre ele será diferente.