As receitas deixadas por estrangeiros em viagem no Brasil chegaram a US$ 547 milhões, no mês passado, contra US$ 585 milhões em igual mês do ano passado. Nos quatro meses do ano, as receitas somaram US$ 2,318 bilhões, ante US$ 2,505 bilhões de janeiro a abril de 2013.
Com esses dados dos gastos e as receitas, a conta de viagens internacionais fechou negativa em US$ 1,797 bilhão, em abril, e em US$ 5,9 bilhões, no primeiro quadrimestre.
Esses dados das viagens internacionais fazem parte da conta de serviços – registro de receitas e despesas do Brasil com o resto do mundo em viagens internacionais, transportes, aluguel de equipamentos, seguros. Em abril, o saldo dessa conta ficou negativo em US$ 4,364 bilhões e, no quatro meses do ano, o déficit chegou a US$ 14,801 bilhões.
Os serviços fazem parte de uma conta ainda maior: a de transações correntes – saldo das compras e vendas de mercadorias e serviços entre o Brasil e o mundo. As transações correntes, além dos serviços, incluem a conta de rendas (remessas de lucros e dividendos, pagamentos de juros e salários), a balança comercial (saldo de exportações menos importações) e as transferências unilaterais correntes (doações e remessas de dólares que o país faz para o exterior ou recebe de outros países, sem contrapartida de serviços ou bens).
Em abril, o saldo das transações correntes ficou negativo em US$ 8,291 bilhões, contra US$ 8,235 bilhões de igual mês de 2013. De janeiro ao mês passado, o déficit chegou a US$ 33,476 bilhões, ante US$ 32,939 bilhões nos quatro primeiros meses de 2013. Além do déficit na conta de serviços, esse resultado foi influenciado pelo déficit comercial de US$ 5,566 bilhões e o resultado negativo da conta de rendas em US$ 13,617 bilhões, nos quatro meses do ano. As entradas líquidas (descontadas as saídas) das transferências unilaterais correntes chegaram a US$ 509 milhões, no primeiro quadrimestre.
Quando o país tem déficit em conta-corrente, ou seja, gasta além da renda do país, é preciso financiar esse resultado com investimentos estrangeiros ou tomar dinheiro emprestado no exterior.
O investimento estrangeiro direto (IED), que vai para o setor produtivo da economia, é considerado a melhor forma de financiar por ser de longo prazo. Em abril, o IED chegou a US$ 5,233 bilhões e em quatro meses a US$ 19,404 bilhões.
Há ainda outras formas de financiamento, como os empréstimos e os investimentos estrangeiros em ações e em títulos de renda fixa.
Em abril, os investimentos em carteira (ações e títulos de renda fixa) chegaram a US$ 3,474 bilhões e acumularam US$ 14,952 bilhões, de janeiro ao mês passado.
Agência Brasil