Já nos dois primeiros meses deste ano, essas despesas somam US$ 4,036 bilhões, com redução de 1,5% em relação ao mesmo período do ano passado (US$ 4,162 bilhões). De acordo com Maciel, se for considerada a média diária de gastos, há uma queda de 6% no bimestre.
O motivo para essa moderação, segundo Maciel, é a alta do dólar, que estava em R$ 2,03, na média de janeiro e R$ 1,97 em fevereiro do ano passado. A média da cotação do dólar no primeiro bimestre deste ano ficou em R$ 2,38.
Segundo Maciel, os gastos no exterior já chegaram a crescer 20% na comparação entre os anos. “Esse crescimento era bastante consistente. Da metade do ano [passado] pra cá, a dinâmica mudou”, disse. Maciel ponderou, entretanto, a aumento da renda dos brasileiros contribui para os gastos no exterior, mesmo com a alta do dólar.
Já as receitas de estrangeiros em viagem no Brasil chegaram a US$ 591 milhões, em fevereiro deste ano, contra US$ 624 milhões, em igual período de 2013. De janeiro a fevereiro, as receitas ficaram em US$ 1,234 bilhão, ante US$ 1,321 bilhão nos dois primeiros meses do ano passado.
Com os resultados dos gastos de brasileiros e as receitas de estrangeiros, a conta de viagens internacionais fechou o primeiro bimestre negativa em US$ 2,802 bilhões, contra US$ 2,841 bilhões em igual período do ano passado. A previsão do BC é que o déficit na conta de viagens fique em US$ 18,5 bilhões neste ano, ante a previsão anterior de US$ 19 bilhões.
Dados preliminares deste mês mostram que a conta de viagens internacionais ficou negativa em US$ 646 milhões, com gastos de brasileiros no exterior em US$ 942 milhões e receitas de estrangeiros no Brasil em US$ 296 milhões.
Agência Brasil