Em 2013, 7,2 milhões de brasileiros viviam em situação de insegurança alimentar grave e relataram privação de alimentos ou fome. O número representa 3,6% da população do País.
Outros 10,3 milhões de brasileiros (4,6% da população) sofreram com alguma restrição na quantidade de alimentos disponível em sua casa nos três meses anteriores ao questionário aplicado pelo IBGE.
Ainda assim, a pesquisa sobre segurança alimentar divulgada nesta quinta-feira (18) indica melhora nas condições de vida da população em relação a 2004. Naquele ano 14,9 milhões de brasileiros sofriam com a privação de alimentos e 20,8 milhões tinham restrições na quantidade de alimento disponível.
Os dados recolhidos na última Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios mostram ainda que 149,4 milhões de brasileiros estão em situação de segurança alimentar (74,2%).
Zona rural e casas chefiadas por mulheres sofrem mais privações
A fome afeta com maior frequência moradores de áreas rurais. Nessas áreas, 13,9% da população tem restrições na quantidade de alimentos ou chega a passar fome. Em regiões urbanas, o índice é de 6,8% dos moradores.
É maior também o percentual de pessoas privadas de alimentação adequada em casas chefiadas por mulheres. Em 9,3% dos domicílios cuja referência é uma mulher havia privação na quantidade de alimentos ou fome. Quando separados apenas os lares chefiados por homens, o índice era de 6,9%. Agricultores e trabalhadores domésticos estão entre as categorias que mais convivem com a insegurança alimentar.
Lares com crianças são preocupação
A fome afeta mais lares com crianças do que aqueles em que há apenas adultos. Nas casas com moradores abaixo dos 18 anos, a situação de insegurança alimentar afetava 28,8% delas. Em domicílios em que havia apenas moradores adultos, a taxa era de 16,6%.
No entanto, entre 2009 e 2013 caiu o número de crianças e jovens abaixo de 18 anos que passavam enfrentavam privações alimentares. Em 2009, 56,6% das crianças de zero a quatro anos de idade viviam em casas com segurança alimentar. Em 2013, este percentual chegou a 65,8%.
Apesar da melhora, 4,8% da população de até quatro anos de idade e 4,9% da população de cinco a 17 anos convivem com a fome.
Fonte: iG