A filha do médico Roberto Gomes, que desapareceu durante uma viagem a São Paulo, acredita que o pai possa ter sofrido um mal súbito. A família, que é do Espírito Santo, ainda não tem informações sobre a localização do oncologista e não faz contato com ele desde a última sexta-feira (28). Em entrevista ao Bom Dia ES, nesta quarta-feira (3), a filha, Roberta Gomes, disse que a polícia investiga a possível entrada do médico em algum hospital da capital paulista. Câmeras do hotel onde o oncologista ficou hospedado registraram a saída dele na manhã da última sexta-feira (28).
O médico viajou de Vitória para São Paulo na quarta-feira (26) para participar do lançamento da segunda edição de um livro do qual ele é co-autor. O evento aconteceu na Assembleia Legislativa de São Paulo. Na sexta-feira, Roberto ligou para a mulher e disse que a passagem de volta para Vitória era sábado à noite, mas que ele anteciparia para sábado de manhã.
No sexta de manhã, ele entrou com a bagagem no elevador do hotel onde estava hospedado, na região da Avenida Paulista. E foi sozinho até a recepção fechar a conta. Como o voo de volta para casa era só à tarde, ele deixou as malas no hotel e saiu caminhando. Segundo um funcionário, o médico foi em direção à Paulista. E não voltou mais.
Roberta falou que o pai estava tomando um antialérgico, mas não sabe quais tipos de efeito colateral poderia causar, além dos já conhecidos, como sonolência.Ele tinha labirintite, que pode ser algum sinal. Mas a gente tem que pensar que é uma pessoa de 67 anos e que pode ter algum tipo de problema de saúde, independente do medicamento. Pode ter sido tanto o coração e, o que é mais preocupante, é que pode ter sido algum problema do tipo AVC, alguma coisa que cause ausência da realidade. Existe a hipótese de ele estar até agora vagando pela rua, ressaltou a filha.
De acordo com Roberta, o irmão ainda está em São Paulo acompanhando as buscas. Meu irmão tem uma reunião com o diretor geral do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) de São Paulo. Eles fizeram um filtro nos registros, mas estão com 150 para analisar, entre os que foram realizados na região no período, falou.Nesta terça-feira (2), a filha contou ter recebido um alarme falso sobre a presença do pai em um hospital da capital paulista.Parece que havia um erro no registro que foi passado e essa pessoa com as descrições que batiam com a do meu pai, na verdade, não foi para o hospital que a gente pensava. As buscas foram feitas agora com mais cuidado e o número de registros é maior do que a gente pensava, disse.
G1