A chamada “Ferrogrão” teve mais um trecho adicionado para ligar o município de Lucas do Rio Verde (332 km Cuiabá) e, com isso, terá 1.142 quilômetros de extensão. A previsão do governo federal é que o projeto seja responsável por gerar 116 mil empregos diretos.
Para o ministério, após concluídas as primeiras fases da obra, em 2020, poderão ser transportados até 13 milhões de toneladas de grãos e demais produtos. Com a ferrovia totalmente concluída, a previsão é que sejam transportadas 42 milhões (em 2050). O governo também definiu que o prazo de concessão será de 65 anos, o que será suficiente para atrair o interesse de “tradings” do setor agropecuário que utilizarão o corredor para exportação.
Com investimentos previstos de R$ 12,6 bilhões, o governo, no entanto, prevê que o projeto poderá enfrentar problemas ambientais. Isso porque para que as obras saiam do papel será necessário desafetar uma parte da área do Parque Nacional do Jamanxim, no Pará. A situação está, atualmente, em discussão junto ao Ministério do Meio Ambiente.
Na semana passada, o governo do presidente Michel Temer (PMDB) anunciou a primeira rodada do programa de concessões em infraestrutura, durante reunião do conselho do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). No total, 25 projetos serão objeto de concessão, entre eles, a “Ferrogrão”. A previsão é lançar tanto o edital quanto o leilão no 2º semestre do ano que vem.
A ferrovia está prevista no Programa de Investimentos em Logística (PIL) do governo federal e tem como objetivo melhorar o escoamento da produção agrícola do Centro-Oeste, conectando-se no Pará ao Porto de Miritituba, na hidrovia do Tapajós. A intenção ainda é trazer maior competitividade às commodities agrícolas brasileiras. São esperados R$ 9,9 bilhões em investimentos. O trecho total da ferrovia terá aproximadamente 1.140 quilômetros de extensão.
Com Portal do Agronegócio