O "Diário Oficial da União" publicou nesta quinta-feira (1º) a escolha de Fernando Segovia, ex-diretor-geral da Polícia Federal (PF), para o cargo de adido policial federal na embaixada do Brasil em Roma, na Itália. O presidente Michel Temer havia antecipado a escolha em entrevista à rádio Jovem Pan, nesta quarta-feira (28).
Segovia foi demitido do cargo na última terça-feira (27) pelo ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann. Uma das atribuições do novo ministério é gerenciar a Polícia Federal. Segovia deve permanecer em Roma pelo prazo de três anos.
Também foi publicada no "Diário Oficial da União" a exoneração de Segovia do cargo de diretor-geral da PF e a nomeação de seu substituto, Rogério Galloro. A posse de Galloro está prevista para esta sexta-feira (2).
O novo diretor-geral da PF, Rogério Galloro, escolheu os nomes para preencher os cargos de confiança na cúpula da instituição.
Os nomes escolhidos são ligados a Leandro Daiello, ex-diretor-geral, com quem Galloro trabalhou diretamente, como diretor-executivo da PF.
Demissão de Segovia
A demissão de Fernando Segovia aconteceu poucas semanas depois que ele concedeu uma entrevista na qual falou sobre inquérito que investiga o presidente Michel Temer e apura o suposto pagamento de propina na edição de um decreto relacionado ao setor de portos.
Na ocasião, Segovia disse que, até aquele momento, a Polícia Federal não havia encontrado nenhum indício de irregularidade na edição do decreto, dando a entender que o inquérito conduzido pela PF poderia ser arquivado.
Criticado, foi convocado pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, para se explicar. Disse ao ministro havia sido mal entendido e prometeu não fazer mais declarações sobre o caso.