Economia

Faturamento real da indústria cresce 3,8% em 2013

 
“Os dados de dezembro mostram um recuo, mas é um mês considerado fraco. Na comparação com dezembro de 2012, os dados são fracos. Mas, apesar disso, os dados de 2013 são positivos em comparação ao ano anterior”, destacou Flávio Castelo Branco, gerente-executivo da Confederação. De qualquer forma, segundo ele, 2012 foi um ano “muito fraco” e por isso os setores tiveram dificuldade de uma retomada mais acentuada do crescimento no ano seguinte, mesmo com dados melhores.
 
No ano de 2013, em 17 de 21 setores, considerados pela CNI, os destaque são máquinas e materiais elétricos (17,7%), madeira (12,2%), máquinas e equipamentos (11,7%), produtos diversos (11,5%) e vestuário (11,2%).
 
A CNI destaque também o emprego como indicador com resultado  positivo na indústria de transformação. Dos 21 setores considerados 14 registraram crescimento, informou a confederação. As maiores altas foram registradas nos setores de bebidas (4,3%), couros e calçados (3,7%), borracha e plástico (3,1%) e vestuário (3%).
 
Por outro lado, o indicador que mede as horas trabalhadas na produção, diz a CNI,  registrou queda na maioria dos setores, sendo que 11 apresentaram variação negativa  quando comparado com a média do ano passado com iguais períodos anteriores.
 
Sobre a massa salarial e o rendimento médio dos trabalhadores do setor, a confederação avalia que o resultado positivo não foi “homogêneo”. Com um crescimento de 1,7% na indústria como um todo, quase a metade dos setores obtiveram queda nesse item. Na média, houve crescimento de 0,9% indicando desequilíbrio da massa salarial e do rendimento médio dos trabalhadores.
 
Embora a CNI, avalie que os dados de 2013 apresentaram crescimento, em dezembro, a exceção do emprego, com crescimento de 0,1%, todos os indicadores apresentaram “retração”. As horas trabalhadas registraram queda de 2,5%, o faturamento real queda de 1,1% a massa salarial real queda de 0,2% e o rendimento real queda de 0,3%. A utilização da capacidade instalada  ficou em um percentual médio 81,4%, ante os 81,9% de novembro e 82,6% de dezembro de 2012, dados já dessazonalizados.
 
“A gente espera um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2% e similar para a indústria. Talvez se o ciclo de aperto monetário for menos intenso. Se for mais intenso teremos um comportamento menos favorável”, avalia Castelo Branco. Ele disse também que espera melhoria nos dados de janeiro.  Entre os fatores estão o câmbio e as desonerações. Por outro lado, faz uma alerta sobre o ciclo da alta de juros que podem prejudicar um melhor desenvolvimento do setor, além do ambiente internacional. “O quadro para 2014 vai se mostrar mais adverso. O gradual avanço na economia internacional vai levar a um ajuste gradual da política monetária, menos favorável para os emergentes”, disse.
 
A questão energética também preocupa os empresários industriais, que veem a ajuda do governo ao setor elétrico para utilizar as termoelétricas e equilibrar o suprimento, como um risco de  não cumprimento das metas fiscais. 
 
Agência Brasil 
 

Redação

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