Interditada pela Delegacia Especializada em Repressão a Crimes Fazendários e a Administração Pública (Defaz), a Farmácia Varejão dos Remédios, localizada na Avenida Isaac Póvoas, no Centro da Capital, tenta disfarçar suas irregularidades, explicando aos consumidores, através de faixas colocadas em sua fachada, que o motivo do não funcionamento do local é simplesmente uma readequação das instalações para melhor atendimento.
Quem passa pelo local acaba sendo ludibriado, já que tal suspensão de funcionamento foi ocasionada por uma série de ilegalidades administrativas, fiscais e criminais.
Durante ação de fiscalização realizada na segunda-feira (20), ficou detectado que o estabelecimento funcionava sem um farmacêutico responsável, não possuía pessoa jurídica constituída e realizava a emissão de nota fiscal ilegal.
De acordo com o delegado de Defaz, Carlos Fernando da Cunha Costa, um inquérito policial será instaurado para apurar o crime de sonegação fiscal e emissão ilegal de notas fiscais. “O empresário emitia notas frias através de uma terceira farmácia que possui e mantém devidamente regularizada”, detalhou Cunha.
Ainda de acordo com o delegado, o empresário, que possui outro estabelecimento, a Farmácia Popular do Trabalhador, que também foi interditada por apresentar as mesmas irregularidades, responderá em liberdade pelas infrações penais, mas as farmácias permanecerão interditadas até a completa regularização das deficiências apresentadas.
Na faixa fixada em frente a Farmácia Varejão dos Remédios o empresário afirma que após a reforma propagada, o estabelecimento reabrirá no dia 5 de novembro.
Garantindo estar realizando as obras dentro dos padrões exigidos pela Vigilância Sanitária, o empresário punido rebate as investigações em seus dois estabelecimentos, afirmando que “vender barato não é crime”.