O esquete mostra os policias sendo humilhados, levando tapas na cara, e extorquidos por cidadãos comuns. A reação partiu do "Blog do Soldado", uma página não oficial de apoio à PM fluminense, para quem o vídeo gerou "muita revolta" na classe. O blog foi retirado do ar.
"Pois bem, esse humoristazinho (sic) achou que pode postar um vídeo e humilhar toda classe policial militar e que isso fosse ficar por isso mesmo? Está muito enganado, Fabio Porchat. Você não sabe o ódio que despertou em todos nós policiais militares, ao postar esse vídeo", afirmou o blog, em um dos comentários postado no último dia 5. "Não estamos incitando a violência, mas bem que esse Fabio Porchat deveria levar umas belas de umas porradas por esta humilhação que proferiu contra os policiais militares."
O vice-líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR), relatou nesta segunda-feira, em plenário, ter sido procurado pelo pai do humorista, o ex-deputado federal Fábio Porchat. O ex-parlamentar pediu-lhe ajuda para apurar a origem das mensagens de ameaça contra o humorista. Em um dos comentários no blog, um leitor sugere que se metralhe Porchat.
Em carta do pai do humorista, lida pelo senador tucano, é relatado que dois ministros de Estado pediram para diminuir o tom das críticas, no que o ex-deputado rebateu dizendo que tem orgulho da postura. "É uma reação às criticas, aos esquetes que ele postou", disse o vice-líder tucano ao ''Broadcast Político'', serviço de notícias em tempo real da ''Agência Estado''.
Álvaro Dias cobrou a adoção de providências de autoridades para apurar as ameaças. A Mesa do Senado determinou o envio de um pedido de recomendação ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, para que as autoridades policiais ofereçam segurança ao humorista.
Outra sugestão é pedir à Comissão de Direitos Humanos do Senado que peça a investigação do Blog do Soldado. Uma terceira ideia é pedir para o Google, página da internet onde está hospedado o blog, que apure as violações de "direitos humanos e práticas criminosas" cometidas contra o humorista.
Estadão