Resgatado no começo do mês, o cachorro Berlim precisa de ajuda. Ele foi encontrado abandonado em um terreno baldio, no bairro Santa Terezinha, em Cuiabá, amarrado, sem comida, água, queimado com algum produto químico e com doenças que tem tratamento. A família que está tentado cuidar dele, necessita que alguém o adote ou ofereça lar temporário para que possa ele ter um tratamento de saúde e de pele custeado pelos que os resgataram.
Berlim foi resgatado por Maria Alice Matos, 20 anos, e ao ser levado ao Hospital Veterinário, após diversos exames, foi diagnosticado com cinomose, porém não expele mais o vírus, ela está no sistema nervoso dele e como sequela ele fica batendo uma das pernas traseiras, e leishmaniose, cujo tratamento já está sendo realizado, sem perigos para quem cuidar dele e seus pets.
“A leishmaniose tem um preconceito muito grande, pois ela contamina humanos também. Ninguém quer pegar um cachorro assim. O único tratamento disponível é um remédio que custa inicialmente R$1.200”, conta Maria Alice.
O remédio é pioneiro e a doença não tem cura, mas o Berlim utiliza uma coleira repelente para o tratamento. Ele não libera o protozoário e a coleira impede que o mosquito transmissor o pique e transmita a doença para outros seres. “O repelente é bem forte e só a coleira já é aceita como tratamento da leishmaniose”.
Maria Alice explica que a eutanásia seria uma opção viável, pois não tem quem cuidar do cachorro. Mas, com muita felicidade, ela conta que muitos veterinários não aceitam fazer o procedimento, justamente por ser uma doença tratável.
“O único problema é o valor do tratamento, que é o maior empecilho, eu não quero eutanasiar ele de jeito nenhum. Agora eu realmente só preciso de um lugarzinho para ele poder receber o tratamento”.
O Berlim precisa de cuidados diários com medicação, locomoção e amor. A família de Maria Alice está assumindo o tratamento dele para leishmaniose e ração para quem oferecer lar temporário ao cão.
Através de campanhas nas redes sociais elas arrecadaram quase R$800, ração, remédio, coleira e toalha higiênica.
“Eu acho que o Berlim teve duas chances na vida. Uma delas alguém o abandonou, jogou fora. E eu não vou jogar a segunda fora. Eu acho que eu sou a chance desse cachorro ser alguma coisa. Ele já foi muito forte, ele é um em um milhão. Ele conseguiu combater a cinomose, que acaba com o animal. É uma doença horrorosa, ele teve sorte de ter uma silenciosa que pegou o sistema nervoso dele. Eu não vou deixar uma simples leishmaniose fazer ele perder a vida dele”, desabafa Maria Alice.
Quem puder ajudar e oferecer um lar temporário ao Berlim basta entrar em contato através do telefone (65) 9 8138-2499 ou através do instagram @malimatos.