Os cachorros, melhores amigos do homem, têm ganhado cada vez mais produtos no mercado, planejados especificamente para eles. Afinal, hoje os animais já são vistos como parte de muitas famílias não apenas no Brasil, mas no mundo inteiro. Por isso, foi montada uma exposição de design voltada para os cães, que está aberta, em São Paulo, no centro cultural Japan House.
Intitulada Architecture for Dogs: Arquitetura para cães ,a mostra já passou pelos Estados Unidos, pelo Japão e pela China e chega agora pela primeira vez ao Brasil. Ao todo, são 15 projetos, desenvolvidos por profissionais das áreas de design e arquitetura especialmente para a exposição. Para a apresentação da mostra em São Paulo, um projeto inédito de um escritório de arquitetura brasileiro, o FGMT, foi realizado.
As peças são variadas e apresentam não apenas casas de cachorro como objetos e projetos para o interior dos lares das famílias, que facilitam a interação das pessoas com os seus cães, por meio de cadeiras especiais e escadas, por exemplo. Todos os projetos foram desenvolvidos na escala dos animais, a depender do tamanho e da raça, que poder ser mais privilegiada com cada um dos protótipos.
A mostra ocupa todos os espaços expositivos da Japan House, incluindo o jardim externo. Já que a entrada de cachorros é proibida dentro do centro cultural, os animais podem experimentar três projetos que estão do lado de fora, a obra Mount Pug, de Kengo Kuma, Architecture for Long-bodied-short-legged Dog, de Yoshiharu Tsukamoto e Momoyo Kajiima, e Beagle House, do escritório MVRDV.
Para o curador da exposição, o designer Kenya Hara, que é diretor criativo do projeto Japan House globalmente e atua também como diretor criativo da marca japonesa Muji, apesar de ser um tema leve e, para muitas pessoas, divertido, os projetos foram levados muito a sério pelos profissionais. “Quando pedi aos arquitetos e designers que desenvolvessem projetos para cachorro, ninguém entendeu como uma brincadeira”, afirma. “Olharam para o projeto como algo real e colocaram o seu melhor trabalho em prática.”
Para Hara, a exposição, diferentemente de outras mostras de design, abrange um público muito maior. “Os cães estão no nosso cotidiano, qualquer pessoa que vier à exposição vai compreender os projetos”, acredita. “É diferente de um projeto de arquitetura voltado para alguma coisa mais específica, como carros ou smartphones, que só quem entende do assunto compreende a exposição.”
Todos os projetos presentes na mostra podem ser facilmente adaptados para os lares brasileiros. Por intermédio do site architecturefordogs.com, os visitantes têm acesso gratuitamente aos desenhos dos protótipos, caso queiram reproduzi-los em suas casas.