A solenidade contou com a distribuição de livros da Coleção Obras Raras, composta por textos produzido por escritores e acadêmicos mato-grossenses. Na ocasião, foi destacado o trabalho dos membros titulares das 40 cadeiras da Academia para mudar a legislação e exigir a obrigatoriedade da implementação das disciplinas de História e Literatura de Mato Grosso nas instituições de ensino. Pela proposta, a literatura vai ser adequada à idade do aluno a fim de despertar no público infanto-juvenil o interesse pela história e cultura do Estado.
Exposição
Prestes a completar seu centenário, a Academia Mato-Grossense de Letras tem um grande desafio: o de despertar o interesse da sociedade moderna, cada vez mais ligada à era digital para uma instituição tão formal. “Precisamos dar um passo a mais para interagir com a sociedade e a juventude, que é multimídia e tem pouco contato com livros. Queremos seduzir o público jovem usando a linguagem deles, utilizando outras mídias, como sites, exposição, televisão, cinema e teatro”, explica o presidente da AML, Eduardo Mahon.
Com a apresentação de produções acadêmicas e literárias, de pequenos vídeos e de grandes quadros contendo textos curtos em linguagem simples, a história da Academia vai poder ser conferida por todos que tiverem interesse em conhecer um pouco mais sobre a instituição. A mostra será apresentada em entidades e escolas da capital e do interior. O primeiro local a receber a exposição será o Shopping Goiabeiras, com início nesta quarta-feira (05.02) e término em 15 de fevereiro.
O historiador e produtor cultural Clovis de Mato destacou a importância da exposição para que as pessoas possam conhecer o que é e o que faz a Academia. “É importante para que a instituição possa se tornar conhecida e ganhar a confiança das pessoas”. Clovis defende trabalhos e ações que incentivem a participação de crianças e jovens. “Eles são transmissores de conhecimento para outras pessoas”.
Casa Barão de Melgaço
O casarão que abriga a Academia Mato-grossense de Letras foi construído entre 1775 e 1777 e leva o nome de seu antigo morador, Barão de Melgaço. Sede da AML, fundada em 1921, e do Instituto Histórico e Geográfico de Mato Grosso, fundado em 1919, a casa abriga um grande acervo de 10 mil volumes catalogados, seis mil documentos digitalizados e oito acervos doados por famílias tradicionais do Estado.
Secom-MT
