O setor pecuarista no Estado vem mostrando números expressivos de exportação da carne ao mundo. Países como Estados Unidos, Austrália e Índia, entre outros, optam pelo Brasil, devido à alta qualidade do produto e da forte demanda de criadouros, principalmente em Mato Grosso.
De acordo com os últimos dados divulgados pelo Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuarista (Imea), o Estado exportou quase US$ 1 bilhão até o mês de outubro, em carne para diversos países no mundo. Convertido para reais, o valor fica aproximadamente em R$ 2,5 bilhões.
Em países da União Europeia, Mato Grosso somou R$ 133 milhões em carne. Já para o Oriente Médio, foram exportados cerca de R$ 76 milhões. Na China o número chegou a R$ 172 milhões, enquanto que na Rússia foram cerca de R$ 177 milhões. Na Venezuela foram somados R$ 267 milhões e em outros países, R$ 169 milhões.
Para o gerente de projetos da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Fábio da Silva, o alto número de exportação para estes países se dá pela falta de criadouros nos mesmos e também pela extrema rigidez na fiscalização no Brasil.
“Países como a Rússia enviam fiscais técnicos e especializados para averiguar e confirmar a qualidade da carne. Além disso, o Brasil deve atender um sistema extremamente rígido de exportação e também atender os pré-requisitos do sistema sanitário do país ao qual será destinada a carne”, explicou.
Ele analisa que os números de exportação tendem a subir em 2015, uma vez que o Brasil atende a uma demanda alta de oferta para atender outros países. “A carne brasileira, principalmente de Mato Grosso, é de boa qualidade. E isso contribui para o aumento que se estende desde final de 2013 até hoje, e a expectativa é que este número aumente em 2015 devido à pouca oferta de carne bovina no mercado internacional”.
Silva ainda frisa que a tendência é que aumente de 5% a 10% a taxa de exportação, de acordo com o balanço feito pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec). Contudo, ele destaca que o setor deve se atentar com o equilíbrio entre a demanda e a oferta.
“Se o preço chegar a um patamar máximo, pode haver saturação, pois o consumidor não estará disposto a pagar este valor e tende a deixar de consumir o produto. Quando isso acontece, a demanda diminui no mercado. Por isso, é interessante haver este equilíbrio entre estas duas frentes”, disse.