Um ex-servidor público foi preso na manhã desta terça-feira (16) por falsidade ideológica, ele se passava por fiscal da Prefeitura de Cuiabá e conseguira extorquir comerciantes. Conforme equipe da Jornada Voluntária, o suspeito utilizava identificação de seu cargo na Secretaria de Assistência Social para aplicar golpes.
“Ele foi servidor da Prefeitura de Cuiabá na gestão anterior, e com seu antigo crachá e uma camiseta com logomarca da secretaria, percorria a cidade como um suposto fiscal da Secretaria de Ordem Pública. Exigia propina de R$ 20 a R$ 40, podendo ser ainda maior em alguns casos, para supostamente não multar o comerciante”, explicou o sargento João Cristino de França, da força tática da Jornada Voluntária.
A prisão ocorreu no bairro Cidade Alta, e o nome do suspeito não foi divulgado. Segundo o secretário de Ordem Pública, Leovaldo Salles, a maior dificuldade para deter o suspeito em ação foi devido à ausência de denúncias de vítimas.
“Com acelerar o trabalho que já estava sendo realizado, nossos servidores fizeram orientações aos comerciantes de diversos bairros, alertando sobre o caso e a postura correta a ser tomada, negando qualquer cobrança indevida ou coação. A partir disso, a operação seguiu em ritmo maior e hoje recebemos uma série de denúncias dos comerciantes da região da Cidade Alta, que agiram corretamente em nos procurar antes de cederem aos impulsos do falso fiscal”.
Segundo Noelson Carlos Silva Dias, secretário-adjunto de Segurança, para evitar extorsão é fundamental verificar se o fiscal porta crachá de identificação pelo nome da secretaria e o número de matrícula. Pedir também o nome de seu chefe facilita a distinção do profissional, além de outro aspecto crucial que elimina todas as dúvidas quanto ao caráter do indivíduo.
“O mais importante que todos os munícipes devem saber é que nenhum servidor tem o direito de solicitar nenhuma cobrança direta. O requerimento de pagamentos vinculados ao município é feito por meio de documentos oficiais, que devem ser quitados em agências bancárias. Fiscais não podem exigir qualquer montante do cidadão. Todas as taxas e impostos chegam ao contribuinte por meio de vias oficiais”.