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Ex-diretores de sindicato são condenados a 29 anos de prisão por execução de advogado na capital

O Tribunal do Júri da Comarca de Cuiabá condenou, nesta terça-feira (3), o ex-presidente do Sindicato dos Trabalhadores Avulsos (Sintramm), Adinaor Farias da Costa, e o ex-tesoureiro Joemir Ermenegidio Siqueira a pouco mais de 29 anos de prisão pelo assassinato do advogado Antônio Padilha de Carvalho. A execução, que ocorreu em 2019, teria sido motivada por disputas políticas entre os envolvidos pelo comando do sindicato.

Conforme as investigações, Antônio Padilha teria movido uma ação na Justiça do Trabalho para destituir os réus da direção da entidade. Segundo o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT), a vítima foi assassinada em via pública, no bairro Jardim Leblon, enquanto aguardava em um semáforo. Dois indivíduos em uma motocicleta efetuaram os disparos, agindo mediante paga e com o objetivo de ocultar outro crime.

A acusação sustentou que Adinaor e Joemir foram os mandantes do crime, com auxílio de Rafael de Almeida Saraiva. O Conselho de Sentença acolheu a denúncia e reconheceu a materialidade e autoria do crime por parte de Adinaor e Joemir, além das qualificadoras de motivo torpe, recurso que dificultou a defesa da vítima e a intenção de assegurar a impunidade de outro delito. Também foi reconhecido que a vítima era idosa, o que agravou a pena. 

Durante o julgamento, os promotores pediram a absolvição dos réus Alisson Tiago de Assis Silva e Isaimara Oliveira Arcanjo Assis, acusados de falso testemunho, após retratação que ambos fizeram em plenário. Já Rafael de Almeida Saraiva foi absolvido, pois o júri não reconheceu sua participação no crime. 

A pena dos condenados foi fixada em regime fechado, sem possibilidade de substituição por penas alternativas. A sentença também prevê a suspensão dos direitos políticos dos condenados e o registro no Sistema Nacional de Identificação Criminal (SINIC). 

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