O ex-desembargador aposentado José Tadeu Cury morreu na madrugada desta quarta (13), aos 71 anos, em decorrência de câncer na próstata. Ele estava internado há 12 dias na UTI do hospital Santa Rosa para tratamento da doença diagnosticada há cerca de dois anos. O desembargador deixa a esposa, quatro filhos e três netos.
O sepultamento ocorreu às 16h, no Cemitério Bom Jesus, no Parque Cuiabá. Conforme informações do boletim médico, o desembargador teve infecção generalizada. O Tribunal de Justiça divulgou nota de lamentação pela morte do magistrado e decretou luto de três dias.
Cury foi afastado compulsoriamente das atividades no Tribunal de Justiça após ser investigado em operação sobre venda de sentença, em 2010. As apurações começaram após a Polícia Federal em Goiás identificar situações que envolveriam possível crime de exploração de prestígio no Judiciário de Mato Grosso.
À época, ao menos cinco advogados, o ex-prefeito do Alto Paraguai (220 km de Cuiabá), Alcenor Alves, e a mulher do ex-desembargador, Célia Cury- apontada como chefe do esquema- foram presos. O esquema era investigado desde 2007 em inquérito judicial conduzido pela ministra Fátima Nancy Andrighi, do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
Em sua carreira no Judiciário de Mato Grosso, Cury passou pelas Comarcas de Alto Araguaia, Barra do Garças, Várzea Grande e Cuiabá. Foi promovido ao cargo de desembargador em 1994. Integrou a direção do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) em 1997, como vice-presidente, e em 1998, como presidente. Depois disso ocupou cargo de corregedor do Tribunal de Justiça entre 2001 e 2003.
