Economia

Estiagem em regiões produtoras eleva preço das frutas e legumes

As frutas e legumes estão mais caros em Mato Grosso. A maioria desses produtos vêm de fora do estado, principalmente de São Paulo, e a falta d'água nos centros produtores está impactado nos preços. Apenas o limão apresentou alta de 100%. O saco com 20 kg que custava em média R$ 40 agora pode chegar a R$ 80.Gilson Carmo, funcionário público, reclama da alta nos valores dos legumes e frutas, porém descarta a possibilidade de cortar os produtos em casa. O consumo, por outro lado, deve cair. 

Já o comerciante Luciano José, que tem a maioria dos seus clientes donos de bares e restaurantes, diz como essa alta nos preços tem prejudicado as vendas.Eles fazem o cardápio anual, não mudam o preço conforme muda o produto. Então quando tem uma alta relativamente baixa, às vezes nem se percebe, mas quando tem essa alta grande, eles reclamam porque eles tem que absorver esse aumento sem poder repassar para os clientes consumidores.

A alta nos preços atingiu principalmente as frutas e legumes que necessitam de um sistema de irrigação para produzir bem no período de estiagem. A laranja, por exemplo, que valia R$ 14 o saco com 20 kg atualmente está a R$ 18. Ela vem dos estados de São Paulo e Paraná. Já o tomate que vem de Goiás e Paraná, principalmente, passou de R$ 1,50 para R$ 1,75 o quilo.Uma pesquisa de mercado feita nos sete maiores municípios em população de Mato Grosso, concluiu que 67% das frutas e 42,7% das verduras e legumes são oriundas de outros estados, informa o diretor técnico da Empaer, Almir Souza Ferro.

Já as folhas, como alface e rúcula, escaparam do reflexo nos preços porque parte da produção é realizada em Mato Grosso.O secretário de agricultura do estado, Luis Carlos Alécio, diz que enfrenta dificuldades para estimular a produção regional.Não existe a possibilidade de incentivar uma região do estado e depois você ser irresponsável na comercialização. Outra situação que impede a maior produção de Mato Grosso é a falta de uma Central de Abastecimento, a Ceasa.Orçada em R$ 150 milhões, a construção do centro é um projeto antigo e que ainda não foi concretizado.Produção de abacaxi muda realidade de família de Rosário Oeste (MT).

G1

Redação

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