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Estado Islâmico divulga imagens da destruição de templo na Síria

Foto sem data divulgada no dia 25 de agosto em uma rede social usada por militantes do Estado Islâmico mostra a fumaça decorrente da explosão do templo de Baalshaminm de 2 mil anos de idade, em Palmira (Foto: Conta do Estado Islâmico nas redes sociais via AP)

Militantes do Estado Islâmico divulgaram imagens da destruição do templo Baalshamin na cidade síria de Palmira. A explosão, que aconteceu no domingo (23), deixou a parte fechada do templo e as colunas do entorno destruídas, de acordo com o diretor de Antiguidades e Museus da Síria, Maamun Abdulkarim.

Fotos mostram os jihadistas carregando os explosivos para dentro do templo, a grande explosão e os destroços. A a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco, na sigla em inglês) considerou a destruição do templo um crime de guerra. O templo romano começou a ser construído no ano 17 e posteriormente foi ampliado pelo imperador romano Adriano em 130. Baalshamin é o deus do céu fenício.

Em foto de 14 de março de 2014, sírios caminham pela antiga cidade de Palmira, a 215 quilômetros de Damasco (Foto: AFP Photo/Joseph Eid)

 

Os jihadistas realizaram execuções no teatro antigo, destruíram em julho a famosa estátua do Leão de Athena – que ficava na entrada do museu de Palmira – e transformaram o museu em tribunal e prisão, segundo Maamun Abdulkarim.

Na terça-feira, o EI assassinou o ex-diretor de Antiguidades de Palmira Khaled al-Assad, cujo corpo foi pendurado em um poste. Ele cuidou das ruínas de Palmira, tombadas pela Unesco como Patrimônio da Humanidade, durante quatro décadas.

Palmira, um oásis no meio do deserto, abriga as monumentais ruínas de uma grande cidade que foi um dos maiores centros culturais do mundo antigo.

A diretora-geral da Unesco, Irina Bokova, afirmou que “a arte e a arquitetura de Palmira, na encruzilhada de várias civilizações, é um símbolo da complexidade e riqueza da identidade e da história sírias”.

Foto sem data divulgada no dia 25 de agosto em uma rede social usada por militantes do Estado Islâmico mostra explosivos presos a colunas do templo de Baalshaminm, de 2 mil anos de idade, destruído pelo grupo terrorista em Palmira (Foto: Conta do Estado Islâmico nas redes sociais via AP)

 

O Estado Islâmico assumiu o controle total da cidade em maio deste ano. Antes da invasão de Palmira, autoridades sírias afirmaram ter levado centenas de estátuas antigas para locais seguros por medo de que os militantes as destruíssem.

Inicialmente, o Estado Islâmico deixou o patrimônio intacto. Especialistas acreditam que eles retiraram parte das obras da cidade a fim de vendê-las. Em junho o grupo explodiu dois santuários que não eram parte de suas estruturas romanas, mas que via como sacrílegos.

Fonte: G1

Redação

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