Cultura

Escritor mato-grossense vence concurso nacional de literatura

O concurso é parte das comemorações do trigésimo aniversário do Grupo Editorial Scotecci e consistiu na escolha de um livro de poesia por região, a serem publicados pela Scortecci Editora. Esta não é a primeira vitória  do escritor, rondonopolitano que vive em Brasília há 15 anos. De 2008 para cá foram mais de 20 premiações em concursos literários nacionais, tanto em poesia como em ficção.

Edelson Nagues possui textos publicados em diversas antologias literárias e em vários sites, blogs e revistas eletrônicas, na internet, e neste ano lançará dois livros. No primeiro semestre, o livro de contos “Demasiado Humano”, pela mesma Editora Scortecci, com lançamentos em São Paulo, Brasília e Cuiabá. No segundo semestre sairá o livro de poesia premiado no concurso da Livraria Asabeça, “Águas de Clausura”.
Projetos
Edelson Nagues possui o projeto para um romance histórico ambientado em Vila Bela da Santíssima Trindade, primeira capital do Estado de Mato Grosso. Maduro o suficiente no domínio de seu ofício, o escritor sente-se preparado para esse desafio, que demandará, entre outras atividades, um árduo trabalho de pesquisas.

Prêmios

Dentre as premiações do escritor e poeta mato-grossense, destacam-se: XX Concurso Nacional de Contos “José Cândido de Carvalho” (2011, Campos dos Goytacazes/RJ), XXXIII Concurso “Fellipe d’Oliveira” (2011, Santa Maria/RS), IV Concurso Nacional de Contos do Sesc-Amazonas (2010, Manaus/AM), II Concurso “Claudionor Ribeiro” de Contos (2011, Cachoeiro do Itapemirim/ES), Concurso Novo Milênio de Literatura (Vila Velha/ES, 2010), VI Desafio dos Escritores (Brasília/DF, 2010), Prêmio Literário “Teixeira de Sousa” (Cabo Frio/RJ, 2010), Concurso Nacional de Contos de Porto Seguro/BA (2009), XL Concurso Literário “Escriba” (Piracicaba/SP, 2009) e II Concurso Literário “Rachel de Queiroz” (Brasília/DF, 2008), entre outros.

Formado em Direito pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Cuiabá, Edelson Nagues também estudou Filosofia (na UFRN, em Natal/RN) e é pós-graduado em Língua Portuguesa pelo UniCeub (Brasília/DF). hoje é uma das importantes vozes da literatura mato-grossense.
Conheça um pouco da obra:
 
MUNDOS

I
 
Solidão – esse é o nome
do mundo a que pertenço.
 
Entre milhões, solitário,
carrego a vida in progress
e um projeto de morte.
 
Sem plano de voo que o valha,
entrego-me a tal desdita
como  quem se fizesse escravo.
 
II
 
No trajeto, me deparo
com seres também solitários.
 
Traçamos, então, paralelas
que insistimos trilhar.
 
Mesmo que olhares, mãos,
gozos e outras ânsias
se cruzem por linhas incertas.
 
(Pois solidões que se toquem
ainda serão solidões.)

III
 
De onde vem o solitário?
Qual a linhagem? a essência?
o ponto de interseção?
 
A resposta, em parte,
acaba por revelar-se
na face de cada um:
 
o solitário, por certo,
vem de outro mundo
– o de dentro.
 
O resto é só disfarce.
 
(Livro Águas de Clausura)

Fonte: Cultura – MT | SINARA ALVARES

*Com Assessoria

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