Começou nesta segunda-feira (23) o 5º Circuito Tecnológico – Etapa Milho, da Associação de Produtores de Soja e Milho (Aprosoja) de Mato Grosso. Ao todo, sete equipes percorrem quatro regiões do Estado durante cinco dias para visitar pequenos e grandes produtores de milho com objetivo de conversar com o agricultor e realizar um diagnóstico da lavoura. A expectativa é de que sejam aplicados 280 questionários e se visitem oito fazendas por dia.
De acordo com o diretor técnico da Aprosoja, Wanderlei Dias Guerra, as equipes já estão em campo e buscam entender a realidade das lavouras no que tange ao diagnóstico dos cultivares, avaliação da qualidade em relação à adubação realizada, da presença e manejo de pragas, doenças e plantas daninhas e armazenamento da colheita. As equipes também deverão apresentar aos produtores o resultado do diagnóstico feito no ano passado.
“Este é o momento de orientarmos os produtores com o que é que ele fez e como ele vai melhorar sua produtividade”, comentou o diretor. Os grupos também foram orientados a colher amostras durante as visitas.
“Algo importante é que a Aprosoja está com um trabalho intenso na identificação de grãos, no caso o milho, buscando ver se encontra toxinas. Esse é um problema que pode gerar insegurança alimentar, que a gente pode ficar restrito nas nossas importações”, destacou o diretor.
Segundo o diretor, há uma preocupação com enfezamento na região Sul, que compreende municípios no entorno de Primavera do Leste e Campo Verde. Conforme Guerra, em uma visita realizada em 2017, ele encontrou a ocorrência em todas as lavouras da região, o que simboliza sinal de atenção para este Circuito.
“Nós estamos com o foco bem dirigido, de levantar informações estratégicas da cultura e poder dar um retorno para o produtor depois”, comentou.
De acordo com o gestor técnico do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Paulo Ozaki, cerca de 44% da produção atual já foi comercializada. Segundo ele, o período de chuvas chegou a contribuir com a produção e a umidade de solo, fazendo com que o desenvolvimento das lavouras “caminhe em ritmo bom”.
Atualmente, 100% da safra já foi plantada, que, este ano ocupa 4,5 milhões de hectares, com perspectiva de produção de 25,9 milhões de toneladas. O número apresenta redução em relação à safra passada, considerada a maior colheita da história de Mato Grosso, quando se colheu cerca de 28 toneladas. A queda na produção já era esperada pelo Imea, que considerou não apenas as incertezas climáticas para o ano como também o preço ruim com o qual sofreu o produtor em 2017.