Economia

Entidades do comércio recuam de audiência para debater alta dos preços

Entidades do comércio não compareceram à audiência marcada pelo governador Mauro Mendes para discutir alta nos preços neste mês. Grupos importantes como a Fecomércio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo) e a Federação das Câmaras dos Dirigentes Lojistas (FCDL) se manifestaram apenas via ofício, que foi lida durante a reunião na manhã desta quinta-feira (30).

O motivo seria a suspensão de uma reunião prevista para ontem (29) com o secretário de Fazenda, Rogério Gallo. As entidades afirmam que vão se manifestar sobre a variação dos preços somente após a “reunião técnica” com o chefe da equipe econômica. Ela não tem data para acontecer até o momento.

A audiência anunciada no começo da semana foi agendada por causa da justificativa de empresários de que os preços têm passado por reajuste para adequar o mercado às modificações dos incentivos fiscais. O comércio foi um dos setores que perdeu margem na taxa do ICMS.

A reclamação tem sido mais alarmada no ramo dos combustíveis com aumento na casa dos R$ 0,20 no litro do etanol, nas bombas. O empresário Aldo Locatelli optou pela decisão de suspender de vez a oferta do biocombustível por a perda, segundo ele, tornar a venda impraticável.

O Sindipetróleo (Sindicato do Comércio Varejista dos Derivados do Petróleo) negou essa versão, atribuindo o aumento a outros fatores.

O governador Mauro Mendes disse que a afirmação de empresários sobre a influência das modificações nos incentivos fiscais é “equivocada” e apontou que a alta no preço ultrapassa a variação da taxação do ICMS.

“Afirmações feitas por alguns empresários e setores não refletem a verdade e são informações equivocadas. Nossa alteração na legislação tributária, cortando incentivos fiscais, pode impactar não mais que 5%. Os números estão sendo confirmados nessa audiência”.

Ele aproveitou a oportunidade de desistência das entidades comerciais para reforçar a sua versão de que o governo realizou corte nos incentivos fiscais e não aumentou o ICMS.

“A verdade é essa: nós reduzimos incentivos fiscais em Mato Grosso e isso trouxe um impacto. Tem gente que está com margem de lucro de até 500%, mas pagando 5% de imposto. Alguém acha que o Governo precisa mudar isso?”.

Além de Fecomércio e FCDL, a carta de ausência no audiência foi assinada por Facmat (Fedração das Associações Comerciais de Mato Grosso), ACC (Associação Comercial e Empresarial de Cuiabá) e CDL.

Redação

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