Economia

Entidades do Agronegócio se posicionam sobre Operação Carne Fraca

O diretor executivo da Associação de Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari, ressaltou ao Circuito Mato Grosso, que nenhuma planta frigorífica no Estado teve embargo ou está sendo investigada, pela Operação Carne Fraca, deflagrada no dia 17 de março.

“É preciso trabalhar para comprovar que os casos investigados pela Polícia Federal são isolados e o sistema de fiscalização do Brasil é eficiente, tanto que exportamos para mais de 180 países, incluindo Estados Unidos e União Europeia, considerados os mais exigentes do mundo”, disse.

Ele explica que neste primeiro momento é natural haver oscilações no preço, mas que a Acrimat acredita que assim que tudo for esclarecido, os preços voltem ao normal.

“Quando os crimes forem esclarecidos e a segurança restabelecida, tudo voltará ao normal. O Brasil é um dos principais fornecedores de proteína animal para o mundo, isso graças à qualidade da carne e segurança sanitária”, concluiu.

Em nota, o Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso (Indea-MT) informou que espera uma “atitude efetiva e com seriedade” do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) em relação às acusações feitas na Operação.

“Aguardamos que o Ministério se posicione de forma enérgica em suas atitudes, para que os responsáveis pelo ocorrido sejam responsabilizados por seus atos e não causem mais danos ao Brasil e aos produtores”, ressaltou.

Em defesa dos pecuaristas do Estado, o instituto assegurou que os rebanhos são mantidos dentro dos melhores padrões de criação, zelando pelas boas práticas sanitárias e assim produzem o melhor rebanho.

“Eles não devem e não podem pagar o que não lhes é devido, pois nós, fiscais estaduais de Defesa Sanitária Animal e Vegetal estamos sempre a postos para melhor orientar e conduzir os produtores de nosso estado. Afirmamos veementemente que, nessas situações constrangedoras, o pecuarista não está envolvido de maneira alguma”.

A Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) disse em nota que têm acompanhado as notícias e conversado com as principais lideranças do país, sobre a Operação.

“Inegavelmente, o caso é grave e nos causa grande preocupação porque, nesta ordem, envolve a segurança dos alimentos que são colocados nas mesas de nossas famílias”, informam. A operação, segundo eles, atinge toda a cadeia produtiva brasileira e coloca em risco emprego e sustento de milhões de empregados da indústria frigorífica.

A Federação ressaltou ainda que entende o momento de incerteza no mercado e apoia o setor industrial e o governo na negociação e certificação da qualidade da carne produzida no país. E afirmou que não aceita a manipulação do preço da arroba neste momento.

“A produção de carne em Mato Grosso, bem como em todo o Brasil, depende da parceria de todos os integrantes da cadeia produtiva. Esta tempestade vai passar – como tantas outras que enfrentamos – porque nossa produção é forte, consolidada e de qualidade”, concluiu. 

Catia Alves

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