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Enfrentar mudanças no clima não se limita à Amazônia, diz Dilma

Em discurso na conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) que discute as mudanças climáticas no planeta, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (23), em Nova York (EUA), que a determinação do Brasil em enfrentar as alterações no clima não se limita à conservação da Amazônia.Diante de uma plateia de autoridades estrangeiras, ela destacou medidas adotadas pelo governo brasileiro nos últimos anos para reduzir o desmatamento não somente na região amazônica, mas também no cerrado. A presidente defendeu que as iniciativas da comunidade internacional para enfrentar os problemas climáticos sejam "justas, ambiciosas, equilibradas e eficazes".

Além da preservação da Amazônia, Dilma citou, em seu pronunciamento, que deveria haver uma preocupação dos países para tentar reduzir o desmatamento na região da bacia do Congo, na África."Nossa determinação em enfrentar a mudança do clima não se limita à Amazônia brasileira. Estamos cooperando com os países da bacia amazônica em ações de monitoramento e combate ao desmatamento. Devemos também contribuir para a redução do desmatamento com os países da bacia do Congo", disse a chefe de Estado brasileira.

"Reafirmo que o novo acordo climático precisa ser universal, ambicioso e legalmente vinculante, respeitando princípios e os dispositivos da convenção", complementou.O objetivo da conferência climática da ONU é compartilhar experiências aplicadas em cada país para reduzir os fatores que provocam as alterações climáticas e definir os passos que irão tomar nas áreas mais críticas para que a temperatura do mundo suba menos de 2°C. O encontro servirá ainda como prévia da Assembleia Geral da ONU, que será realizada nesta quarta-feira (24).

Durante todo o dia, os líderes dos cerca de 120 países que participam do encontro apresentarão seus trabalhos em discursos para anunciar novas ações que estejam implementando em nível nacional, especialmente nas áreas de financiamento; eficiência energética; energias renováveis; adaptação; redução do risco de desastres e resiliência; florestas; agricultura; transporte; poluentes climáticos de curta; e cidades.

Clima e economia
Em meio ao discurso, Dilma Rousseff afirmou aos líderes mundiais que é preciso reverter a lógica de que o combate à mudança do clima é danoso à economia. A presidente brasileira destacou que, historicamente, os países desenvolvidos alcançaram níveis de bem-estar com modelo baseado em altas taxas de emissões de gases danosos ao meio ambiente.

O crescimento das nossas economias é compatível com a redução das nossas emissões. No Brasil, estamos fazendo isso. Ao mesmo tempo em que diminuímos a pobreza e a desigualdade social, protegemos o meio ambiente, ressaltou a petista.

Assembleia Geral da ONU
Dilma está nos Estados Unidos para participar da cúpula do clima, mas, principalmente, para fazer, nesta quarta-feira, o discurso de abertura da 69ª Assembleia Geral da ONU. A estimativa é que mais de 120 chefes de Estado e de governo participem da sessão. 

G1

Redação

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