Economia

Endividamento tem segundo recuo consecutivo na Capital, diz pesquisa

Cuiabá registrou em fevereiro o segundo recuo consecutivo no número de endividados e se afasta do pico registrado nos últimos 12 meses. O levantamento da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic) realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) foi divulgado nesta quarta-feira (08) pela Fecomércio-MT.  

Segundo a pesquisa, o índice mostra que no mês de fevereiro 65,8% do total de famílias cuiabanas possuem dívidas, o que representa em valores absolutos pouco mais de 125 mil famílias em dívidas com cheques pré-datados, cartões de crédito, carnês de lojas, empréstimo e outros.

Os recuos foram gradativos nos últimos meses, com 68,5% em janeiro e 69,7% em dezembro de 2016, quando atingiu o pico se levarmos em consideração os últimos doze meses.

Variação anual traz mais endividados em 2017

Entretanto, se compararmos fevereiro desse ano com o mesmo período do ano passado, houve uma elevação no número de endividados em Cuiabá, pois na época (2016), o índice chegou a 58,1%, com 109.361 famílias endividadas, um dos mais baixos registrado nos últimos anos.

Apesar da queda do endividamento nesses dois últimos meses, o índice que mede a condição de pagamento das dívidas teve elevação considerável, saindo de 10,4% em dezembro de 2016, contra 13,4% em janeiro e, agora, 16,2% em fevereiro. Ou seja, quase 31 mil famílias não terão condições de pagar contas atrasadas no próximo mês, contra as 19.710 famílias registradas pela pesquisa em dezembro de 2016.

Restrição de crédito faz diminuir dívidas com cartão

O ritmo fraco da economia tem limitado a concessão de crédito para as famílias. Mesmo assim, a pesquisa mostra que o cartão de crédito continua sendo a principal dívida das famílias cuiabanas (59,1%) e em seguida vem o carnê (44,6). Na comparação anual, em fevereiro de 2016, o índice era maior para o cartão (64%) e o carnê tinha um saldo de participação menor (35,1%).

Tempo de pagamento das dívidas em atraso

Das famílias que possuem contas em atraso, o tempo das dívidas em atraso no mês atual ficou em 65,8 dias, um leve aumento se comparado ao mesmo período do ano passado, quando foi de 65,1 dias. 

 Já o tempo comprometido com dívidas (tempo que a família deve levar para quitar as parcelas) ficou em 6,8 meses em fevereiro. Dentre os endividados, 24,5% deles estarão compromissados com dívidas por mais de um ano. Para as famílias que recebem acima de 10 salários mínimos, o tempo comprometido com dívida ficou em 8,1 meses.

Um dado positivo na pesquisa é com relação à parcela da renda comprometida com dívidas. No mês atual o resultado ficou em 29,3%, contra 30,1% em janeiro e 32% em relação a fevereiro de 2016.

 

Redação

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