Cidades

Empresário é preso durante vistoria para combater Aedes aegypti

Vistoria teve início nesta terça-feira (15), em Campo Grande (Foto: Divulgação / PMCG)

Um empresário de 38 anos foi preso nesta terça-feira (15), durante uma vistoria em imóveis abandonados e com focos do mosquitos Aedes aegypti, em Campo Grande. Ao G1 o delegado Wilton Vilas Boas, titular da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Ambientais e Atendimento ao Turista (Decat), disse que o suspeito estava com diversos focos do mosquito em sua empresa e foi autuado em flagrante.

"A ação foi uma força tarefa da prefeitura e a Polícia Civil. No caso deste empresário, o estabelecimento comercial dele já havia sido vistoriado há algum tempo e ele também tinha sido alertado sobre o armazenamento de vasilhames", afirmou o delegado.

Ainda segundo Vilas, o empresário possuía a conveniência e um depósito ao lado. Neste último local, os agentes e policiais encontraram diversos engradados em exposição inadequada. "Além das larvas encontradas, foi constatado, por meio de pericia, que na empresa também havia vários engradados e caixas que estavam ao ar livre e seriam focos de desenvolvimento e criadouros do mosquito", ressaltou o delegado.

No dia 24 de novembro, após denúncias de moradores ao redor, fiscais da prefeitura foram ao local. No entanto, houve dificuldade para entrar no depósito, pois os responsáveis não permitiram acesso. Dois dias depois, eles conseguiram entrar e constataram a presença de larvas.

Eles realizaram a coleta e posteriormente o exame laboratorial do material apreendido.Os agentes pediram a limpeza do local e o manejo no sentido de inibir a proliferação do mosquito, mas eles ressaltaram que nada foi feito.

"Assim como nas outras ocasiões, os materiais estavam expostos de maneira irregular e, mais uma vez, foi constatado a presença de focos nas dependências do imóvel", comentou.

De acordo com a polícia, além do empresário, a mulher dele será indiciada pelo crime ambiental. "A princípio ele negou ser o responsável pelo local, pois o contrato social estava em nome da sua esposa. Nós constatamos que ela estava viajando, porém ela também será indiciada", finalizou o delegado.

O empresário, que já possuía um antecedente criminal por perturbação do sossego, foi liberado após pagar a fiança de R$ 2 mil. A pena para este crime é de seis meses a um ano de detenção e multa.

Força-tarefa
A Polícia Civil foi acionada e houve uma força tarefa, com o apoio da Guarda Municipal e fiscais da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano (Semadur), além de agentes epidemiológicos e comunitários. Ao todo, eles pretendem invadir mais de dois mil imóveis fechados na cidade.

Dados epidemiológicos
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde Pública (Sesau), do dia 27 de janeiro a 15 de dezembro, foram 9.447 mil notificações.

Deste total, 3.819 casos confirmados de dengue, cinco com dengue grave e três mortes em decorrência da doença.

Com relação à chikungunya, neste mesmo período ocorreram 97 notificações, com dois casos confirmados (importados).

Quanto ao zika vírus, o levantamento feito pela Sesau até essa terça (15) revela 152 casos investigados com suspeita da doença, nenhum caso ainda foi confirmado. Os dados de notificação das doenças são atualizados todas as terças-feiras pela Sesau.

Fonte: G1

Redação

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