Ainda conforme as observações de Nolé, em entrevista ao G1, Vrajamany sofreu uma amputação total do braço, o que não permite que uma prótese biônica seja possível.O braço inteiro desarticulou. Se tivesse sobrado alguma parte seria possível fazer uma prótese ativada pelo comando cerebral. Mas infelizmente, esse não é o caso. A prótese tem fins apenas estéticos, explica, após visita do garoto a Sorocaba, na semana passada.
O empresário é o mesmo que forneceu uma prótese para o limpador de vidros David Santos de Souza, de 21 anos, que teve o braço direito amputado depois de ser atropelado na Avenida Paulista, em março do ano passado. Nelson conta que 30% do que produz é doado.Nós escolhemos pessoas que não têm condições de pagar pelas próteses, completa.A prótese sugerida para Vrajamany será feita de fibra de carbono com luvas de silicone.
O cotovelo será mecânico, mas movido apenas como pêndulo, sem influência nos movimentos do menino.Esta prótese é necessária para fazer o balanceamento do corpo, que ficou assimétrico após a amputação do braço. Ela tem como objetivo evitar problemas de coluna, não deixar que o ombro dele fique mais alto pela falta do braço e, por fim, ajudar no equilíbrio do corpo. A nossa intenção é fornecer a peça, que deve ser trocada todo ano, até que ele complete 18 anos, afirma Nolé.
Dores fantasmas
Segundo a mãe dele, Mônica Fernandes Santos, de 37 anos, o garoto sofre com a chamada "dor fantasma", uma espécie de efeito colateral psicológico decorrente da amputação do braço direito, mas está recebendo apoio da família e de amigos de escola para superar o trauma.Segundo ela, pouco depois da amputação, o filho não sofria tanto com essas dores, que pioraram muito depois que ele voltou para São Paulo. "As dores aumentaram tanto que se tornaram insuportáveis. Então, eu decidi agarrá-lo por trás e pedi que ele massageasse o meu braço nos pontos onde ele estava sentindo estas 'dores'. Isso ajudou a aliviar", disse.
G1