A dupla é dona da NBS Informática, uma empresa genuinamente cuiabana, que acaba de ganhar o prêmio de destaque na área concedido pela Gazeta Mercantil de São Paulo – o que a coloca na lista das 100 maiores empresas da área no Brasil.
Apesar de hoje ser líder no ramo a trajetória dos empresários foi de bastante árdua. A empresa começou apenas com os sócios, que conciliavam o emprego na então Telemat, com o investimento no novo ramo. Durante os primeiros seis anos de empresa, as madrugadas foram o horário de expediente dos amigos. Nos três primeiros, tiveram apenas um com apenas um cliente.
“Na frente do nosso escritório tinha uma pizzaria e todos os dias às vinte três horas e trinta o garçom nos levava uma pizza portuguesa. Não precisava nem pedir. Assim ficamos por muito tempo, inclusive nos finais de semana”, conta Orione.
Em 1992 a NBS foi fundada até o ano de 1997 a empresa só tinha cerca de 30 clientes. Todo este cenário mudou quando os empresários desenvolveram seu segundo sistema operacional de gerenciamento. Este novo produto era o primeiro do Brasil a trabalhar com o banco de dados Oracle (o cérebro do armazenamento de dado) e com interface Windows, gerando uma maior aceitação da clientela, principalmente por ser de mais fácil manuseio.
“Nós sabíamos que estávamos criando um produto de qualidade, mas na verdade nos surpreendemos ao saber que éramos os únicos a fazer este tipo de programa”, pontua.
Após as primeiras adaptações do produto e sua aplicação a NBS informática teve a sua primeira homologação em uma grande empresa – uma concessionária de veículos, tendo 1% da conta do cliente, sendo ainda a única empresa do centro oeste a realizar o feito. A partir deste ponto surgiu a necessidade da expansão.
“Quando o produto funcionou bem na concessionária as outras empresas de veículos começaram a nos procurar, foi quando contratamos mais pessoas para nos ajudar, mas não tínhamos ideia de que a empresa ficaria tão grande.
Eu sempre digo que tudo isso deu certo por conta da nosso perfil que se completa (em relação ao sócio). Eu sempre fui mais comercial e expansivo e o Gerson sempre foi mais operacional e gerenciador”, destaca Orione ainda dizendo que sem estas duas qualidades sempre unidas não teriam como chegar tão longe.
A expectativa do Bug do millenium também foi um fator decisivo na busca de mais tecnologia e adequações nos programas de informática.
Bastante tímido Gerson conta que a expansão da empresa veio de muito trabalho e vontade de fazer o diferencial com mais qualidade do estava sendo oferecido.
“No começo nós só tínhamos seis cadeiras dentro do escritório e um funcionário, hoje a empresa tem mais de 100 colaboradores, uma filial e 1400 clientes. Toda esta historia foi criada acima de tudo com muito compromisso”, destaca Gerson, lembrando ainda que na época da fundação empresa a internet não estava disponível no país e os sistemas de informática ainda eram muito primários principalmente nas empresas locais.
Hoje, a NBS Informática está presente em 25 estados brasileiros e do Distrito Federal, com 12 concessionárias cadastradas faltando apenas duas para completar toda a rede de automobilística do país. Com a necessidade de estar mais próxima dos grandes centros a NBS informática também abriu uma filial da empresa em Florianópolis-SC, mantendo também representantes comerciais que viajam pelo país.
“A NBS tem 38% de todo o sistema de dados da GM e continuamos expandido no mercado. A nossa meta para os próximos anos é continuar atendendo da melhor maneira os nossos clientes e expandir a nossa carteira conquistando as duas concessionárias restantes”, garante Gerson.
Para os empresários o segredo do sucesso é muito trabalho com qualidade e principalmente gostar muito do que está fazendo, para que desta forma sempre aja a necessidade de melhorar.
“Eu sempre digo que ganho para brincar, por que para mim não ha uma diversão maior do que realizar diariamente o meu trabalho. Por isso nunca foi um problema para eu atravessar as madrugadas desenvolvendo o sistema”, finaliza Orione.
Por Mayla Miranda – Da redação
Fotos: Pedro Alves