O emprego na indústria caiu pelo oitavo mês seguido. Em agosto, o recuo foi de 0,8% na comparação com julho, segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgada nesta sexta-feira (16). Com isso, no ano, o setor acumula perdas de 5,6%.
Frente ao mesmo período de 2014, o emprego industrial caiu ainda mais: 6,9%, a maior retração da série histórica, que teve início em janeiro de 2001, de acordo com a pesquisa.
Nessa base de comparação, o emprego caiu nos 18 ramos pesquisados pelo IBGE, com destaque para meios de transporte (-12,4%), máquinas e equipamentos (-10,2%) e máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-14,4%).
No ano, de janeiro a agosto, o comportamento foi parecido. Todos os segmentos registraram queda e a maior contribuição negativa veio de meios de transporte (-10,4%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-13,1%) e produtos de metal (-10,5%).
Horas pagas
Seguindo os outros indicadores, o de número de horas pagas aos trabalhadores da indústria também recuou. A baixa foi de 0,9% na comparação com julho, a 6ª queda seguida. Já na comparação com agosto de 2014, o número de horas pagas diminuiu 7,5%, a 27ª taxa negativa consecutiva neste tipo de comparação e a mais intensa desde o início da série histórica.
No ano, as horas pagas registram queda de 6,2% e, em 12 meses, de 5,8%.
No início do mês, o IBGE disse que a produção da indústria nacional havia caído pelo terceiro mês seguido. Em agosto, na comparação com julho, o recuo foi de 1,2%, o maior para o mês desde 2011.
Folha de pagamento
O valor da folha de pagamento real dos trabalhadores da indústria recuou 1,3% na comparação com julho, acumulando nesse período redução de 3,1%. "No índice desse mês, verifica-se a influência negativa da indústria de transformação (-0,9%), que permaneceu apontando taxas negativas pelo oitavo mês seguido, já que o setor extrativo mostrou expansão de 2,1%, após recuar 22,5% no mês anterior."
Fonte: G1