Cidades

Em vídeo, presidente da Samarco pede ‘calma’ a funcionários

Em vídeo, presidente da Samarco pede calma e equilíbrio a funcionários. (Foto: Reprodução/Youtube)

O diretor-presidente da Samarco, Ricardo Vescovi, pediu “calma” e “equilíbrio” aos funcionários da empresa, cujos donos são a Vale a anglo-australiana BHP Billiton, diante das críticas pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG). O pedido foi feito em um vídeo, publicado no canal do Youtube da mineradora. No comunicado, Vescovi afirma que o desastre é “algo sem precedentes na mineração mundial”. 

A estrutura se rompeu no dia 5 de novembro, destruindo o distrito de Bento Rodrigues, em Mariana, e afetando Águas Claras, Ponte do Gama, Paracatu e Pedras, além das cidades de Barra Longa e Rio Doce. Os rejeitos também atingiram dezenas de cidades na Região Leste de Minas Gerais e no Espírito Santo. Oito corpos foram identificados e quatro aguardam reconhecimento. Onze pessoas estão desaparecidas, dentre elas oito trabalhadores e três moradores da região.

“Tenha calma, calma e equilíbrio em relação às críticas da imprensa e da sociedade, que têm todo o direito de se manifestar. Ninguém deve esperar apoio amplo e imediato de pessoas que não conhecem a Samarco. (…) Nós precisamos da sua coragem e do seu apoio e, principalmente, que você se cuide e se mantenha firme”, pede o presidente em comunicado aos trabalhadores da empresa.

Ele afirmou ainda que a mineradora não tem “respostas para todas as questões” e que “as investigações sobre as causas do acidente continuam”. “O que aconteceu não foi progressivo, foi repentino. Por isso, mais do que ninguém, nós da Samarco queremos buscar todas as respostas. Queremos entender o que aconteceu e, principalmente, o que precisa ser feito para que isso não se repita nunca mais”, destacou o diretor-presidente.

De acordo com Ricardo Vescovi, a empresa está mobilizada com “centenas de empregados, trabalhando em inúmeras frentes, inclusive como voluntários”. “Nós faremos o que for preciso para buscar soluções e mitigar os impactos sociais e ambientais desse acidente”, informou.

O diretor-presidente afirmou ainda que a maior parte dos empregados da empresa está de licença remunerada e férias coletivas, e que alternativas para a retomada das operações estão sendo estudadas. Ele salientou, no entanto, que decisão da retomada não cabe somente à Samarco, mas à sociedade e suas instituições.

Nesta terça-feira, o Ministério Público do Trabalho de Minas Gerais (MPT) informou que a Samarco tem até o dia 27 de novembro para apresentar ao órgão um plano que assegure os empregos dos funcionários e dos terceirizados contratados pela empresa.

De acordo com a Central Única dos Trabalhadores em Minas Gerais (CUT), várias denúncias de demissões chegaram ao órgão. A CUT também disse que está apurando cerca de 90 casos de prestadores de serviços que teriam sido dispensados após o rompimento da barragem.

Questionado pelo G1, sobre a possbilidade de se evitar demissões, Ricardo Vescovi disse que “agora não é possível confirmar nada”. “Tem uma situação com a qual estamos lidando a medida que ela vai evoluindo”, afirmou em entrevista.

Fonte: G1

Redação

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