Mais de 400 casos de Aids foram notificados em Mato Grosso neste ano, até o mês de novembro. Isso quer dizer que por dia, pelo menos uma pessoa descobre que tem a doença no Estado. A informação é da Secretaria de Estado de Saúde, que confirma que até o dia 23 de novembro, 437 casos foram notificados.
A situação agrava-se mais em relação à Cuiabá. Dados confirmam que somente nos últimos três meses, 111 novos casos de HIV foram registrados em Cuiabá, conforme os dados do Serviço de Assistência Especializado (SAE) da Secretaria de Saúde. A prefeitura afirma ainda que o SAE reúne aproximadamente três mil pacientes cadastrados.
“Os índices são alarmantes e queremos mostrar aos jovens que a camisinha ainda é o melhor método de prevenção – e que a prevenção tem que ser realizada sempre. Além disso, queremos que eles tenham acesso a informações sobre a doença e sobre como o exame para diagnostico é simples, rápido e indolor e o resultado sai em apenas 20 minutos”, afirma o presidente do Conselho Municipal de Atenção à Diversidade Sexual (CMADS), Valdomiro Arruda.
A Secretaria de Estado de Saúde confirma que Mato Grosso apresenta um número total de casos de Aids em adultos de 9.137 casos notificados, compreendendo o período de 1985 (quando começou a ser notificado) a 2015. Em 2013 foram 742 casos, em 2014 alcançaram 779 e em 2015 já chegou a 437.
Segundo a secretaria, os casos são detectados através de realização de testes para HIV, podendo ser o teste rápido ou laboratorial, através de demanda espontânea, pré-natal, etc. Após diagnóstico do HIV essa pessoa é encaminhada ao SAE para realização de exames de Carga Viral e contagem de linfócitos para esclarecer se já está doente de Aids. Em seguida entra em tratamento sendo acompanhado pelos profissionais do SAE.
Dia Mundial de Luta contra Aids
Transformar o 1º de dezembro em Dia Mundial de Luta Contra a Aids foi uma decisão da Assembleia Mundial de Saúde, em outubro de 1987, com apoio da Organização das Nações Unidas – ONU. A data serve para reforçar a solidariedade, a tolerância, a compaixão e a compreensão com as pessoas infectadas pelo HIV/aids. A escolha dessa data seguiu critérios próprios das Nações Unidas. No Brasil, a data passou a ser adotada, a partir de 1988, por uma portaria assinada pelo Ministério da Saúde.