De acordo com matéria do jornal Folha de São Paulo, um ano antes das dificuldades da OGX virem à tona, era do conhecimento dos diretores da companhia que as reservas eram de cerca de 17,5% do que havia sido divulgado ao mercado.
As divergências entre o que realmente havia de reservas e o que fora anunciado gerou desentendimentos entre os diretores da OGX, segundo a matéria. Na época, por meio de nota, a empresa disse que "sempre manteve o mercado atualizado sobre os projetos de produção, evitando a divulgação de informações incompletas". Com dívidas de R$ 11 bilhões, a empresa pediu recuperação judicial na quarta-feira passada, com as ações a R$ 0,13.
Os engenheiros responsáveis pelo trabalho nos reservatórios da OGX, que tinha como trabalho determinar a extensão das reservas economicamente viáveis, apontaram, em julho de 2012, que a empresa poderia retirar 315 milhões de barris das principais áreas em Campos, bem abaixo do 1,8 bilhão de barris informado ao mercado de capitais.
Segundo o artigo 157, parágrafo 4, da Lei das Sociedades Anônimas, "os administradores são obrigados a comunicar imediatamente fato relevante que possa influir na decisão dos investidores".
No parágrafo 5, diz que "os administradores poderão recusar-se a prestar informação se entenderem que sua revelação porá em risco interesse legítimo da companhia".
Fonte: Jornal do Brasil