O governador Mauro Mendes disse ser “inócuo” discutir a autoria de obras e em seguida ironizou o prefeito Emanuel Pinheiro, que se declarou pai do HMC (Hospital Municipal de Cuiabá).
“Eu estou preocupado é com a obra, preocupado com resultado para a sociedade. Se ele está preocupado em ser pai, isso não tem problema, ele pode ser pai, pode ser mãe, pode ser o que quiser. É muito inócuo ficar disputando paternidade”.
Hoje mais cedo, Emanuel Pinheiro disse que sua gestão livrou o HMC, onde vai funcionar também o novo pronto-socorro, de se tornar um novo VLT, obra emperrada desde 2014. A obra, que fez parte da promessa de campanha de Mauro Mendes, foi lançada em 2014. O prefeito afirmou que “o caminho mais confortável” seria judicializar o projeto por causa de problemas técnicos e estruturais.
Mauro Mendes rebateu dizendo que, ao fim de seu mandato de prefeito da capital, deixou o projeto licitado, com recurso em reserva e com a execução de serviços autorizada; segundo ele, as etapas mais difíceis para o pontapé de obra pública.
“Você acredita nisso [que Emanuel Pinheiro é ‘pai’ da obra]? Todo mundo sabe que fomos nós que arrumamos a área, fizemos o projeto, que licitamos, demos ordem de serviços e arrumamos recurso. O difícil na administração pública é exatamente isso”.
A última etapa do HMC está com a entrega prevista para o dia 18 deste mês. O hospital, onde vai funcionar também o novo pronto-socorro, vem sendo lançado parcialmente desde o fim do ano passado, cronograma criticado por alguns políticos, dentre eles o governador Mauro Mendes, que recentemente disse que não irá à cerimônia da última etapa de uma obra que teve “várias inaugurações”.
O que impulsionou a obra, financeiramente, foi sua entrada no programa Chave de Ouro lançado como ação de encerramento do mandato de Michel Temer (MDB), em 2018. O governo federal injetou R$ 100 milhões.