Cláudia Brecht e Rita Rezende, uma fotógrafa e uma artista plástica, respectivamente, trabalham há quatro anos como “Pet Sitter”. Elas cuidam de animais de estimação que ficam alguns dias sozinhos em casa. São duas visitas diárias, que mantém o animal em sua rotina e costumes, com o valor médio de R$ 80 por dia.
Cláudia conta ao Circuito Mato Grosso que sempre teve afinidade com animais e que após dois anos levando seu cão diariamente ao veterinário para tratamento de saúde, o clínico comentou sobre o trabalho de Pet Sitter – pessoas contratadas para cuidar temporariamente de um animal de estimação. Inspiradas, Cláudia e sua companheira Rita, que sentem uma afinidade enorme com pets, iniciaram o trabalho.
Atualmente elas atendem cerca de 200 clientes em Cuiabá, sendo que cada um deles pode ter mais de um animal de estimação. Cláudia explica como é feito o processo de trabalho da dupla.
Geralmente é por indicação que o cliente entra em contato com elas, que realizam uma visita ao lar do contratante para conhecê-lo e também os animais e seus hábitos . Caso todos aceitem e concordem, enquanto os tutores dos pets estiverem fora da residência, Cláudia e Rita visitam duas vezes por dia os animais, uma vez de manhã e outra ao anoitecer. Nesse período, que usualmente dura 45 minutos, elas alimentam, higienizam o ambiente, trocam água, brincam e realizam passeios com o animal.
Caso o cão, gato, calopsita, ou qualquer outro pet precise, a dupla de Pet Sitter também medica (apenas via oral) os animais e filma suas visitas para que os tutores vejam o que está acontecendo. Na questão de valores cobrados, Cláudia ressalta que tudo depende do bairro que a família mora, devido a distância de locomoção, a quantidade e o porte dos pets. O preço, que é diário, deve custar em torno de R$ 80, mas pode variar para mais ou menos.
“O objetivo desse trabalho é não tirar o animal da casa deles. Porque quando você tira qualquer animal do habitat que ele está acostumado e o coloca em um hotel ou clínica, ele se sente duplamente abandonado e o emocional pode ficar muito ruim. Tudo isso porque foram para um lugar desconhecido e os donos desapareceram”, conta Cláudia Brecht.
Quando o animal de estimação fica no próprio lar, muito pouco da sua rotina é modificado. Além disso, Cláudia conta que o trabalho por vezes não fica apenas voltado ao pet, mas ajuda em pequenas coisas da casa. Por exemplo, elas podem regar plantas, lavar alguma louça que ficou para trás e outras coisas que ajudam o cliente, sem cobrar a mais.
“Nós vendemos felicidade, vendemos paz e tranquilidade para as pessoas”, declara Cláudia. Segundo ela, há clientes que não viajavam há pelo menos 10 anos, pois não havia quem cuidasse dos animais. “´É um trabalho muito gratificante. A gente procura melhorar a vida das pessoas e às vezes acabamos fazendo parte da família, vamos conquistando amigos”.