Cidades

Doria afirma ser a favor de funcionamento do Uber em São Paulo

Doria chora ao visitar escola em que estudou (Foto: Márcio Pinho/ G1)

O candidato do PSDB à Prefeitura de São Paulo, João Doria, afirmou nesta sexta-feira (2) ser a favor do funcionamento na cidade dos aplicativos de transporte individual, como o Uber.

O tema voltou à tona nas eleições após o candidato Celso Russomanno (PRB) afirmar que, caso se torne prefeito, permitirá apenas que táxis utilizem esses aplicativos, e não mais veículos particulares. Ele justifica sua posição citando restrição prevista no Código de Trânsito Brasileiro.

Doria afirmou ser a favor da regulamentação. "Eu respeito os 36 mil taxistas que existem em São Paulo. Mas não há como ser contra os aplicativos, não há como ser contra o Uber e outros aplicativos que atendem a população desde que estejam regulamentados. Desde que paguem taxas, impostos. Fazem parte da evolução natural da história e dos serviços à população", disse.

A regulamentação do serviço foi criada neste ano pela Prefeitura, que estabeleceu regras por meio de um decreto publicado em maio. A ideia da administração foi liberar veículos particulares que atendem por aplicativos em quantidade equivalente aos 5 mil taxistas que rodam na cidade. A restrição seria uma forma de evitar a competição predatória com os táxis.

Doria disse que pretende "ir evoluindo" a regulamentação e estabelecer um diálogo com os taxistas. Ele disse ainda que "há espaço para todos em uma cidade cosmopolita com 12 milhões de habitantes".

As afirmações foram feitas pelo candidato em visita à Escola Estadual Marina Cintra, na Rua da Consolação, região central. Doria foi recebido pela diretora da escola e visitou a parte administrativa, conversou com alunos em uma sala de aula e tirou fotos com outros que estavam no horário do intervalo.

Ao ver seu histórico escolar, o candidato chorou e disse ter se lembrado da época em que estudou no local, nos anos 70.

"Passou um filme da minha vida, de um período muito duro", disse. Ele contou que vivia com sua mãe e irmão, já que o pai estava exilado, e que a mãe se esforçava para manter a família. "Lembrei muito do sacrifício da minha mãe para ru estar aqui. Mesmo não custando nada, mas com transporte e alimentação", disse.

A diretora da unidade, Tina Betholo, falou após olhar o boletim de Doria que ele tirava notas muito boas em português, inglês e matemática. Ela deixou escapar porém, que viu uma nota 3,5 em filosofia.

Fonte: G1

Redação

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