Foi num dois de abril, no já distante 1885. À beira do rio Cuiabá, uma sorridente chácara, braços abertos, deu-lhe as boas-vindas. Nascia aquele que, como nenhum outro, haveria de cantar as belezas de seu torrão natal, despertando, no Brasil e no mundo, o desejo de conhecer os primeiros ensaios de Mato Grosso. Estado que haveria de despontar como celeiro do mundo.
Talhado para as empresas mais sublimes, embora de inteligência arguta, impossível que alguém pudesse prognosticar o futuro do pequeno Francisco. Viria a ser bispo – no alto de seus 29 anos – e governador de seu Estado, agora mais andado no tempo: chegara aos 32.
Logo após deixar o cargo supremo do Estado, 37 anos tinha ele, é nomeado arcebispo dos mato-grossenses.
Orador de erguidos predicados, seu nome desconhecia limites. Foi, por isso, impelido a lançar-se à vitoriosa candidatura à Academia Brasileira de Letras.
Apenas uns traços de sua trajetória, figura exponencial que enobrece Mato Grosso e aqueles que se orgulham deste Estado.
São 135 anos do nascimento de Dom Francisco de Aquino Corrêa. Seu nome, inesquecível, está gravado no coração de sua gente.
Germano Aleixo Filho
Professor aposentado da UFMT, estudioso da Língua Portuguesa, especializado em Filologia e Sintaxe. Autor de Dicas do Professor Germano, publicado no saite do Tribunal de Justiça de Mato Grosso.