Economia

Dólar tem leve alta, mas segue sem romper a marca dos R$ 3,30

Foto:  reprodução

Por G1

São Paulo – O dólar era negociado em leve alta nesta sexta-feira, após ter chegado à mínima de 3,25 reais e atraído compradores, mantendo a sua banda informal criada com crise política e que mantinha os investidores cautelosos.

O mercado estava de olho no quarto dia do julgamento da chapa Dilma Rousseff-Michel Temer no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), com expectativas de que o presidente deve sair vitorioso.

Às 11:21, o dólar avançava 0,50 por cento, a 3,2815 reais na venda, depois de batido 3,2556 reais na mínima do dia. O dólar futuro tinha alta de 0,30 por cento.

“O mercado está um pouco mais tranquilo com a perspectiva de que Temer não vai ser cassado. Mas há muitas coisas no cenário”, afirmou o analista de câmbio da corretora Fair, José Roberto Carrera.

O dólar tem oscilado entre 3,25 e 3,30 reais nos últimos dias, após delações de executivos da J&F terem acertado em cheio o governo do presidente Temer, que passou a ser investigado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por crime, entre outros, de corrupção passiva.

A percepção de que o presidente não será retirado do cargo e, se sim, poderia ser substituído por alguém que dê prosseguimento às reformas no Congresso Nacional sustentavam a certa calmaria no mercado.

Nesta sessão, as atenções estavam voltadas para o TSE, que retomou o julgamento nesta sexta-feira. Na véspera, os ministros do tribunal retiraram todas as provas relacionadas à Odebrecht da ação que pede a cassação da chapa e sinalizaram a absolvição do presidente Temer e sua permanência no cargo.

“O TSE deve dar vitória para Temer, mas semana que vem podem aparecer outras coisas. Por isso, a cautela não abandona o mercado”, afirmou o operador de câmbio de uma corretora nacional ao citar, entre outros, a possibilidade de o PSDB deixar na base do governo.

Mesmo com a vitória, analistas ouvidos pela Reuters avaliam que há vários riscos à permanência de Temer no cargo e é improvável que ele reconquiste as condições anteriores à delação do empresário do grupo J&F que o atingiram e criaram a atual crise.

O Banco Central realizará nesta sessão mais um leilão de até 8,2 mil swaps cambiais tradicionais –equivalentes à venda futura de dólares– para rolagem dos contratos que vencem julho.

Redação

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