O dólar opera em alta nesta segunda-feira (9), em linha com os mercados no exterior e à espera de desdobramentos da crise política no Brasil. Mais uma vez, o Banco Central não anunciou intervenção no câmbio. A alta ganhou força após a notícia de que o presidente interino da Câmara, Waldir Maranhão, anulou a votação de impeachment da presidente Dilma Rousseff, e chegou a passar de R$ 3,60. Pouco depois, no entanto, a alta voltou a desacelerar.
Acompanhe as cotações ao longo do dia:
Às 9h10, alta de 0,12%, a R$ 3,5074
Às 10h40, alta de 0,35%, a R4 3,5151
Às 11h30, alta de 0,47%, a R$ 3,5196
Às 12h, alta de 1,77%, a R$ 3,565
Às 12h10, alta de 3%, a R$ 3,6082
Às 12h20, alta de 3,08%, a R$ 3,6107
Às 12h30, alta de 2,06%, a R$ 3,575
Às 13h09, alta de 1,47%, a R$ 3,5545.
Às 13h29, alta de 1,36%, a R$ 3,5507.
Às 14h12, alta de 1,47%, a R$ 3,5545.
"Dólar sobe com a notícia que o presidente interino da câmara, Waldir Maranhão, atende o pedido da AGU e suspende o processo de impeachment", escreveram operadores a corretora Correparti em nota a clientes, segundo a Reuters.
No exterior, o dólar avançava em relação a moedas de outros países emergentes após dados da China mostrarem que aexportações e importações caíram mais do que o esperado em abril, esfriando expectativas de recuperação da economia chinesa, de acordo com informações da Reuters.
"Dados fracos da China ainda têm a capacidade de mexer com os mercados, especialmente na ausência de outros fatores relevantes", disseram os analistas do banco Brown Brothers Harriman (BBH), em nota a clientes, segundo a Reuters.
Entenda por que dados sobre a China afetam os mercados pelo mundo.
No Brasil
O mercado segue de olho em expectativas sobre um eventual afastamento de Dilma Rousseff que, se confirmado, levará o vice Michel Temer à presidência. Temer já indicou o ex-presidente do BC Henrique Meirelles como seu ministro da Fazenda, o que tem agradado o mercado.
"Para o mercado, a saída de Dilma é certa e a questão agora é se Temer conseguirá ser bem-sucedido", disse mais cedo à Reuters o economista da consultoria 4Cast Pedro Tuesta.
Mais uma vez, o Banco Central não anunciou leilão de swap cambial reverso, equivalente a compra futura de dólares, apesar de a moeda norte-americana ter voltado ao patamar de R$ 3,50, considerado por muitos operadores como o piso que o BC tentaria defender. O BC atuou no início da semana passada, mas está ausente do mercado desde quarta-feira.
Entenda como funciona a intervenção do BC no câmbio.
Semana passada
O dólar fechou em queda na sexta-feira (6), voltando a ser cotado abaixo de R$ 3,50, após o mercado alimentar expectativas de que os juros nos Estados Unidos vão demorar mais para subir diante da divulgação de dados ruins sobre o mercado de trabalho na maior economia do mundo.
A moeda dos EUA caiu 1,04% em relação ao real, cotada a R$ 3,503 na venda. Na semana passada, porém, o dólar acumulou alta de 1,83%. No ano, a moeda tem queda de 11,27% frente ao real.
Fonte: G1