Economia

Dólar opera em queda, perto de R$ 3,55

O dólar opera em queda nesta quinta-feira (5), em linha com o exterior diante da recuperação nos preços do petróleo e em sessão novamente marcada pela ausência do Banco Central no mercado de câmbio.

Às 12h20, a moeda norte-americana operava em queda de 0,10%, vendida a R$ 3,5385. Veja a cotação. Na mínima deste pregão, chegou a R$ 3,5363, segundo a Reuters.

Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h09, queda de 0,71%, a R$ 3,5147.
Às 9h30, queda de 0,69%, a R$ 3,5155.
Às 10h, queda de 0,84%, a R$ 3,5101.
Às 10h30, queda de 0,68%, a R$ 3,5157.
Às 10h50, queda de 0,26%, a R$ 3,5307.
Às 11h29, queda de 0,04%, a R$ 3,5385.

"Está basicamente respeitando o exterior, com o dólar caindo por causa do petróleo", resumiu o superintendente regional de câmbio da SLW, João Paulo de Gracia Correa, à Reuters.

Os preços internacionais petróleo avançavam mais de 3%, com enorme incêndio florestal perto de áreas de extração no Canadá e a escalada de tensões na Líbia aumentando expectativas de investidores sobre redução da oferta de petróleo no curto prazo. Com essa recuperação, o dólar perdia força no exterior em relação a moedas como os pesos mexicano e o chileno.

De acordo com a Reuters, de uma maneira geral, analistas consideram que a tendência para o dólar permanece de desvalorização frente ao real em meio às expectativas de mudança de governo com o avanço do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Na véspera, o relator do pedido de impeachment, senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), apresentou parecer favorável à abertura do processo contra a presidente Dilma, como esperado, desclassificando as alegações de que o processo se trata de um golpe.

Na próxima semana, o Senado deve votar o afastamento da presidente e, caso seja aprovado, o vice Michel Temer assume o comando do país. Ele já indicou que o ex-presidente do BC Henrique Meirelles será seu ministro da Fazenda, o que tem agradado os mercados financeiros.

Os investidores também acompanhavam a notícia de que, nesta quinta-feira, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki afastou Eduardo Cunha (PMDB-RJ) do mandato de deputado federal e, consequentemente, da presidência da Câmara em decisão liminar.

"O afastamento do Cunha tira um peso para o Temer… A saída dele é vista como positiva para a sociedade porque ele sairia da linha sucessória", disse Correa.

Perspectivas
Pesquisa da Reuters mostrou que o dólar deve ficar abaixo de R$ 4 e não deve voltar a bater recordes contra moedas de países emergentes neste ano, inclusive no Brasil, após a forte queda dos primeiros meses de 2016 em meio a dúvidas sobre o aumento dos juros nos Estados Unidos.

Últimos pregões
Na véspera, o dólar caiu 0,87%, a R$ 3,54, após acumular alta de 3,81% nos dois pregões passados. Na semana e no mês, o dólar acumula alta de 2,9%. No ano, porém, a desvalorização frente ao real é de 10,34%.

Atuação do Banco Central
Também favorecendo a desvalorização da moeda norte-americana frente ao real estava a ausência do BC do mercado de câmbio. Até o momento, o Banco Central não anunciou leilão de swap cambial reverso, equivalente à compra futura de dólares. Caso fique de fora, será a segunda sessão seguida, após voltar ao mercado quando o dólar chegou a fechar abaixo de R$ 3,45 no fim da semana passada.

Após as recentes valorizações, que levaram o dólar a fechar no patamar de R$ 3,57 na terça, o BC não realizou na quarta-feira leilão de swap cambial reverso, equivalente à compra futura de dólar. A percepção de muitos operadores, ainda de acordo com a Reuters, é que o BC não quer o dólar abaixo de R$ 3,50 não prejudicar as exportações brasileiras e estaria confortávelcom o atual nível.

Fonte: G1

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Economia

Projeto estabelece teto para pagamento de dívida previdenciária

Em 2005, a Lei 11.196/05, que estabeleceu condições especiais (isenção de multas e redução de 50% dos juros de mora)
Economia

Representação Brasileira vota criação do Banco do Sul

Argentina, Bolívia, Equador, Paraguai, Uruguai e Venezuela, além do Brasil, assinaram o Convênio Constitutivo do Banco do Sul em 26