Economia

Dólar opera em queda, negociado abaixo de R$ 3,75

O dólar opera em queda nesta sexta-feira (9), um dia após o Federal Reserve (Fed), banco central dos Estados Unidos, reforçar as expectativas dos investidores de que a taxa de juros norte-americana deve subir somente em 2016, mas com os investidores ainda atentos à conturbada cena política e econômica no Brasil.

Às 12h49, a moeda norte-americana era vendida a R$ 3,7466, em baixa de 1,23%. Mais cedo, chegou a voltar a R$ 3,72. 

Acompanhe a cotação ao longo do dia
Às 9h10, queda de 0,87%, a R$ 3,76
Às 9h20, queda de 1,23%, a R$ 3,7466
Às 10h, queda de 1,41%, a R$ 3,7397
Às 10h20, queda de 0,85%, a R$ 3,761
Às 10h50, queda de 0,9%, a R$ 3,7589
Às 11h20, queda de 0,81%, a R$ 3,7623
Às 11h40, queda de 1,46%, a R$ 3,7376
Às 12h20, queda de 1,75%, a R$ 3,7266

Na quinta-feira, a moeda fechou abaixo de R$ 3,80 pela primeira vez desde 9 de setembro, vendida a R$ 3,7931.
Na semana e no mês, o dólar acumula até o fechamento da véspera queda de 3,87% e 4,35%, respectivamente. No ano, há valorização de 42,67%.

Economia americana

Na quinta, o Fed divulgou a ata da reunião de setembro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), quando o país manteve os juros quase zerados.

Para os investidores, o documento reforçou indícios de que os juros só vão subir nos EUA em março de 2016, segundo a Reuters. Ele mostrou que, para o Fed, a economia estava próxima de justificar aumento de juros no mês passado, mas integrantes decidiram que era prudente esperar por evidências de que a desaceleração da economia global não está tirando os EUA dos trilhos.

"Ao deixar evidente sua falta de segurança no que tange à elevação dos juros do país…, a instituição justifica sua conduta e motiva o investidor a partir para o risco novamente", escreveu o operador da Correparti, em nota a clientes, Ricardo Gomes da Silva Filho.

A perspectiva de manutenção dos juros sustenta a atratividade de investimentos em países emergentes, que oferecem taxas mais altas, como o Brasil.
Caso os EUA aumentassem as taxas, mais investidores seriam atraídos para aquele país, tirando dólares de outros mercados. Com maior demanda pela moeda norte-americana, seu valor subiria em relação a moedas como o real.

Cenário doméstico
Apesar da queda expressiva nesta manhã, as incertezas políticas locais seguiam no radar dos investidores, com potencial de voltar a pressionar o dólar.

Entre elas, a análise dos vetos presidenciais pelo Congresso Nacional, adiada duas vezes esta semana por falta de quórum, e a apreciação também pelo Legislativo a rejeição das contas públicas de 2014 feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU), que abre espaço para eventual processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

"Não dá para saber até quando essa queda (do dólar) se sustenta", disse o operador de câmbio da B&T Corretora Marcos Trabbold. "Se piorar muito, a tendência é voltar tudo", disse, referindo-se à cotação no patamar de R$ 4.

Fonte: G1

Redação

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