O dólar opera em alta nesta terça-feira (22), após o Banco Central anunciar mais um leilão de swap cambial reverso e em meio ao mau humor nos mercados externos após explosões em Bruxelas. A moeda segue o movimento da véspera, quando interrompeu uma sequência de 3 quedas seguidas e voltou a ser negociada acima de R$ 3,60.
Às 10h, a moeda norte-americana subia 0,21%, vendida a R$ 3,6179. Veja a cotação do dólar hoje.
Acompanhe a cotação ao longo do dia:
Às 9h10, alta de 0,88%, a R$ 3,6423.
Às 9h40, alta de 0,68%, a R$ 3,6349.
Na véspera, avançou 0,8%, vendida a R$ 3,6103, após ter fechado na sexta-feira a R$ 3,5817 – menor cotação desde 27 de agosto de 2015.
No mês de março, a divisa tem queda acumulada de 9,82%. No ano, recua 8,5%.
Intervenção do BC
O BC fará pela manhã leilão de até 14,5 mil swaps cambiais reversos, contratos que equivalem à compra futura de dólares. O número equivale aos contratos não vendidos no leilão de swaps reversos da sessão passada, quando vendeu apenas 5,5 mil dos 20 mil contratos ofertados.
Mais tarde, o BC também fará mais um leilão de rolagem dos swaps tradicionais a vencer em abril, que equivalem à posição vendida de US$ 10,092 bilhões, com oferta de até 3,6 mil contratos.
Entenda: swap cambial, leilão de linha e venda direta de dólares
O BC vendeu na segunda-feira 5,5 mil swaps reversos da oferta de até 20 mil, com volume equivalente a US$ 272,7 milhões. O Banco Central não realizava leilão de swap reverso havia três anos, destaca a Reuters.
A venda parcial dos swaps reversos foi entendida como um sinal de que o BC não quer mudar a tendência do câmbio, mas sim corrigir exageros e garantir a liquidez, no momento de tensão no cenário político, com a possibilidade de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Até o pregão passado, a moeda havia recuado 10,54% no acumulado de março. Alguns operadores discutiam ainda a possibilidade de o BC ter como fim evitar cotações voláteis e muito baixas do dólar, que prejudicariam exportadores.
A ação do BC, ainda segundo especialistas, também serviu como uma porta de saída rápida para investidores que haviam apostado na alta da moeda norte-americana e foram pegos de surpresa pelo tombo recente.
Alguns operadores discutiam ainda a possibilidade de o BC ter como fim evitar cotações voláteis e muito baixas do dólar, que prejudicariam exportadores.
Neste tipo de operação, o Banco Central é quem ganha a variação cambial do período de validade dos contratos. No swap tradicional, o BC é quem paga a variação.
Fonte: G1