Economia

Dólar opera com leves variações nesta quarta-feira (01)

Depois de iniciar o pregão em queda, o dólar passou a operar com leves variações ante o real nesta quarta-feira (1º), aproximando-se mais do patamar de R$ 3,30, com os investidores sob a expectativa de novos sinais de como o Federal Reserve, banco central norte-americano, vai gerenciar sua política monetária.

A cautela com a cena política e agenda econômica do governo continuava nesta sessão, depois de a moeda norte-americana marcar a maior alta mensal em quase um ano em outubro.

Às 13h49, o dólar recuava 0,12%, a R$ 3,2686 na venda, depois de saltar 3,32% no mês passado, maior avanço desde novembro de 2016, quando Donald Trump foi eleito presidente dos Estados Unidos. Veja a cotação hoje.

O foco dos investidores, no entanto, continuava sendo o Fed, que deve deixar inalterada a taxa de juros em reunião nesta sessão e com anúncio às 16h (horário de Brasília), em meio às especulações sobre quem será seu próximo comandante, mas deverá destacar uma economia firme conforme caminha para possível aumento dos juros no próximo mês.

O Fed elevou os juros duas vezes desde janeiro e prevê atualmente mais um aumento até o fim do ano como parte do ciclo de aperto monetário que começou no final de 2015.

Trump deve anunciar no dia seguinte o novo chair do Fed, que substituirá Janet Yellen, cujo mandato termina em fevereiro. Neste dia os mercados brasileiros não funcionarão em razão do feriado de Finados.

O favorito para ser indicado é o atual diretor do Fed, Jerome Powell, centrista que defendeu a postura de gradualismo de Yellen em relação à alta dos juros.

"O nome de Jerome Powell, considerado 'dosvish' (menos propenso a subir juros) se destaca cada vez mais e, com isso, o cenário de liquidez positiva aos mercados tende a se firmar, caso confirmado", acrescentou a gestora Infinity em relatório.

A cena interna também continuava no radar dos mercados, com ceticismo sobre a capacidade política do presidente Michel Temer de emplacar sua agenda política no Congresso Nacional, em especial a reforma da Previdência. Esses temores levaram o dólar a saltar no mês passado.

Véspera

Na véspera, a moeda norte-americana caiu 0,28%, vendida a R$ 3,2728. Na máxima do dia, chegou a R$ 3,3022. No mês, a alta foi de 3,32%. No ano, há aumento acumulado de 0,71%.

Analistas ouvidos pelo G1 apontam que a principal razão para a forte alta do dólar sobre várias moedas em outubro foi o aumento das especulações sobre o rumo dos juros dos Estados Unidos. Isso porque, com taxas mais altas, o país se tornaria mais atraente para investidores que têm recursos aplicados atualmente em outros mercados, como o Brasil. Por isso, uma expectativa de alta dos juros motiva uma tendência de alta do dólar em relação ao real.

Entre os fatores que fizeram com que o mercado aumentasse suas apostas de uma alta dos juros de maneira mais rápida que o esperado até agora está a troca de comando do Federal (Fed), o banco central norte-americano. O mandato da atual presidente, Janet Yellen, termina em fevereiro. Neste mês, o mercado passou a especular sobre quem assumirá o posto.

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Economia

Projeto estabelece teto para pagamento de dívida previdenciária

Em 2005, a Lei 11.196/05, que estabeleceu condições especiais (isenção de multas e redução de 50% dos juros de mora)
Economia

Representação Brasileira vota criação do Banco do Sul

Argentina, Bolívia, Equador, Paraguai, Uruguai e Venezuela, além do Brasil, assinaram o Convênio Constitutivo do Banco do Sul em 26