Economia

Dólar opera acima de R$ 3,60, por preocupações fiscais

O dólar opera em forte alta nesta segunda-feira (31), chegando a R$ 3,68 e renovando as máximas desde o fim de 2002, pressionado por preocupações com a situação fiscal do Brasil e temores de que o país possa perder seu selo de bom pagador com projeção de déficit primário no Orçamento de 2016, mesmo após o Banco Central reforçar sua intervenção no câmbio.

Às 13h04, a moeda norte-americana avançava 1%, a R$ 3,6213, após ter chegado a R$ 3,6845, maior nível intradia desde 16 de dezembro de 2002, quando foi a R$ 3,70. 

Veja como foi a cotação ao longo dia:
Às 9h09, subia 1,27%, a R$ 3,6309.
Às 9h30, subia 1,76%, a R$ 3,6485.
Às 10h10, subia 1,83%, a R$ 3,6510.
Às 10h29, subia 2,51%, a R$ 3,6755.
Às 10h50, subia 2,65%, a R$ 3,6805.
Às 11h10, subia 2,29%, a R$ 3,6677.
Às 11h30, subia 1,81%, a R$ 3,6505.
Às 12h, subia 1,59%, a R$ 3,6423.
Às 12h20, subia 1,21%, a R$ 3,6290.
Às 12h40, subia 1,27%, a R$ 3,6310.

Os movimentos locais também vinham em linha com os mercados externos, que sofriam o efeito de novo tombo da bolsa chinesa, acentuados também pela briga pela formação da Ptax de agosto. A taxa, calculada pelo BC, serve de referência para diversos contratos cambiais e operadores costumam disputar para deslocá-la a patamares mais favoráveis a suas operações.

"Não há nada de animador, nada de boas notícias", disse o superintendente de câmbio da corretora Tov, Reginaldo Siaca. "Desde que me entendo por gente, este está sendo um dos piores momentos para o mercado financeiro".

A imprensa noticiou que a proposta de Orçamento de 2016 que será enviada pelo governo ao Congresso nesta segunda-feira trará projeção de déficit primário para o ano que vem. Investidores entenderam que essa decisão deixaria o Brasil mais próximo de perder seu grau de investimento, o que provocaria intensa fuga de capitais dos mercados locais.

Preocupações com China
A apreensão com o cenário local somou-se à pressão vinda dos mercados externos, onde o dólar fortalecia em relação às principais moedas emergentes diante de preocupações com a desaceleração da economia chinesa, e levava a moeda norte-americana a saltar em relação ao real mesmo diante da intervenção do BC.

Após o fechamento dos negócios na sexta-feira, o BC anunciou para esta sessão leilão de venda de até 2,4 bilhões de dólares com compromisso de recompra em 4 de novembro de 2015 e 2 de dezembro de 2015. Além disso, sinalizou que deve rolar integralmente os swaps cambiais, contratos equivalentes a venda futura de dólares, que vencem em outubro.

"O BC não consegue estancar a alta do dólar, e nem quer. Ele quer deixar claro que está ali para fornecer liquidez, mas o problema agora não é de liquidez, é 

Véspera
Na sexta-feira (28), a moeda norte-americana avançou 0,91%, cotada a R$ 3,5853 na venda. Na semana passada, o dólar subiu 2,55%, após fortes altas na segunda e na terça. O avanço foi impulsionado por temores do mercado após a bolsa de Xangai, na China, despencar antes do respiro no final da semana.

Fonte: G1

Redação

About Author

Reportagens realizada pelos colaboradores, em conjunto, ou com assessorias de imprensa.

Você também pode se interessar

Economia

Projeto estabelece teto para pagamento de dívida previdenciária

Em 2005, a Lei 11.196/05, que estabeleceu condições especiais (isenção de multas e redução de 50% dos juros de mora)
Economia

Representação Brasileira vota criação do Banco do Sul

Argentina, Bolívia, Equador, Paraguai, Uruguai e Venezuela, além do Brasil, assinaram o Convênio Constitutivo do Banco do Sul em 26