Após as turbulências dos últimos dias, o mercado financeiro iniciou a semana com trégua. O dólar ensaiou uma queda, mas fechou praticamente estável. A bolsa fechou com leve alta.
O dólar comercial encerrou esta segunda-feira (1º) vendido a R$ 5,601, com recuo de R$ 0,005 (-0,87%). A cotação chegou a cair para R$ 5,55 na mínima da sessão, perto das 13h, mas a queda desacelerou até a divisa fechar próxima da estabilidade.
No mercado de ações, o dia foi parecido. O índice Ibovespa, da B3, fechou o dia aos 110.335 pontos, com alta de 0,27%. Na máxima do dia, por volta das 14h50, o indicador chegou a subir 2,18%, mas perdeu força até fechar próximo da estabilidade.
No cenário externo, o mercado foi influenciado pela redução dos rendimentos dos títulos de dez anos do Tesouro norte-americano, considerados os investimentos mais seguros do mundo. Depois de atingirem máximas em 12 meses na semana passada, os juros desses papéis começaram o mês em queda. Juros mais baixos dos títulos dos Estados Unidos reduzem a fuga de recursos de países emergentes, como o Brasil.
Paralelamente, o avanço na votação do pacote de estímulos de US$ 1,9 trilhão do governo do presidente Joe Biden deu impulso aos mercados. No sábado, a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos aprovou o texto, que segue para o Senado. A injeção de mais dólares na economia global reduz as pressões sobre as economias emergentes.
No Brasil, o mercado continuou na expectativa em torno das negociações da proposta de emenda à Constituição (PEC) emergencial, que introduzirá medidas de corte de gastos para compensar a recriação do auxilio emergencial. O parecer do senador Márcio Bittar (MDB-AC) deverá ser lido amanhã (2).
A troca de comando na Petrobras também pesou. Hoje, a estatal anunciou o quinto aumento neste ano para os combustíveis, o que indica que, por enquanto, a mudança de presidente não interferiu na política de preços da companhia.