O dólar fechou esta terça-feira (6) em queda, pelo terceiro pregão consecutivo e se reaproximando do patamar de R$ 3,20 reais, acompanhando a cena externa diante de alívio nas preocupações sobre eventual guerra comercial após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que adotaria tarifas sobre a importação de aço e alumínio.
A cena política também ajudou no movimento, após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) negar habeas corpus preventivo ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o que para o mercado reforçou o entendimento de que o petista não poderá concorrer nas eleições de outubro.
A moeda norte-americana caiu 1,2%, vendida a R$ 3,209.
Segundo a Reuters, a baixa da moeda também foi influenciada pelo exterior, com o alívio nas preocupações sobre eventual guerra comercial após o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmar que adotaria tarifas sobre a importação de aço e alumínio.
Por unanimidade (5 votos a 0), a Quinta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) negou em julgamento nesta terça-feira a concessão de um habeas corpus preventivo pedido pela defesa para evitar a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com isso, o STJ permitiu a execução imediata da pena de prisão imposta ao petista depois que o Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4) manteve a condenação de primeira instância por corrupção e lavagem de dinheiro no processo do tríplex do Guarujá (SP).
Existe a possibilidade de Lula ir preso tão logo o TRF-4 julgue recursos, chamados tecnicamente de embargos de declaração, apresentados pela defesa de Lula contra a confirmação da sentença. Os advogados de Lula pedem que o STJ impeça a prisão.
No exterior
O mercado doméstico acompanhou a trajetória de baixa do dólar no exterior, onde caía ante uma cesta de cesta e também sobre divisas de países emergentes, como o peso mexicano, com o ambiente mais tranquilo.
Trump enfrentou crescente pressão de aliados políticos e de empresas norte-americanas na véspera para não avançar com seus planos.
"Sabe-se que o presidente Donald Trump não encontra apoio no próprio partido Republicano, encontrando-se isolado na defesa do protecionismo. Reduzem-se, assim, os temores de uma guerra comercial global", trouxe a SulAmérica Investimentos em relatório.
O apetite ao risco no exterior também foi renovado após acordo histórico entre as Coreia do Norte e do Sul em negociações diretas. Os dois países, ainda tecnicamente em guerra, terão sua primeira cúpula em mais de uma década no próximo mês, aproveitando as menores tensões depois dos Jogos Olímpicos de Inverno no mês passado na Coreia do Sul.
BC não interfere
O Banco Central brasileiro não anunciou intervenção para o mercado cambial nesta sessão. Em abril, vencem US$ 9,029 bilhões em swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda de dólares no mercado futuro.