O dólar recuava levemente frente ao real na manhã desta quinta-feira (4), mantendo o movimento dos dois pregões anteriores, de olho na cena externa e nos esforços do governo do presidente Michel Temer para aprovar a reforma da Previdência no próximo mês, segundo a Reuters.
Às 13h30, o dólar caía 0,18%, a R$ 3,2303 na venda, depois de recuar 2,35% nos dois pregões anteriores.
Na véspera, a moeda norte-americana caiu 0,73%, cotada a R$ 3,2364 na venda. Nos dois primeiros dias de negócio do ano, o dólar já caiu 2,35%.
Internamente, depois de ir abaixo de R$ 3,25 nesta semana, os investidores aguardavam novidades para tomar novas posições.
"Temos uma agenda vazia em janeiro… Até lá, não vejo grandes modificações nos níveis do dólar, que deve ficar entre R$ 3,20 e R$ 3,30", disse à Reuters o analista-chefe da corretora Rico Investimentos, Roberto Indech.
O governo tem feito esforços, novamente, para tentar aprovar a reforma da Previdência em fevereiro na Câmara dos Deputados e, assim, dar sinal positivo aos agentes econômicos depois de não conseguir colocar a matéria em votação no final de 2017.
Nesta manhã, o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), está reunido com os ministros Henrique Meirelles (Fazenda) e Dyogo Oliveira (Planejamento), entre outras lideranças, para tratar do tema.
O dólar também recuava ante uma cesta de moedas depois de se recuperar na véspera da mínima de três meses, uma vez que dados favoráveis dos Estados Unidos e a ata do Federal Reserve, banco central do país, foram incapazes de tirar pressão da moeda norte-americana, ainda de acordo com a Reuters.
O dólar também cedia ante divisas de países emergentes, como os pesos mexicano e chileno.
"O ambiente de menor aversão ao risco é sustentado pelo otimismo que cerca o crescimento da economia mundial neste ano", avalia a SulAmérica Investimentos.