Economia

Dólar abre os negócios cotado acima de R$ 4 pelo 2º dia seguido

O dólar abriu os negócios em alta nesta terça-feira (5), acima de R$ 4, como ocorreu na véspera, quando a moeda operou no mesmo patamar durante todo o dia e fechou em alta de mais de 2%. A moeda sobe porque o mercado busca ativos considerados mais seguros – como o dólar – conforme crescem as preocupações com a economia da China. Devido às tensões econômicas e políticas, no Brasil, a variação da moeda é mais acentuada.

Às 9h10, a moeda norte-americana subia 0,49%, a R$ 4,0539 para venda.

As ações asiáticas fecharam em queda em pregão agitado nesta terça-feira, lideradas pelas ações chinesas, após o tombo de 7% dos papéis chineses na véspera. Mas a queda de hoje foi menor – 0,26% no índice de Xangai e 0,44% no índice MSCI .

O mercado se acalmou após medidas emergenciais adotadas pelo governo. O Banco Popular da China, por exemplo, injetou quase US$ 20 bilhões nos mercados, a maior atuação desde setembro de 2015.

Véspera
Na véspera, a moeda norte-americana subiu 2,18%, a R$ 4,0339 para venda. Foi o maior valor desde setembro de 2015, quando, no dia 29, a moeda fechou cotada a R$ 4,0591. Também foi o maior ganho diário desde outubro, quando, no dia 13, o dólar subiu 3,58%.

A forte alta do dólar comercial na véspera refletiu na cotação nas casas de câmbio, que vendem o dólar turismo, valor que é sempre maior que o divulgado no câmbio comercial. Na tarde de segunda-feira, o dólar turismo se aproximou de R$ 4,50.

Cenário interno
No Brasil, o pessimismo com o cenário político ajuda a acentuar as altas, com o recesso no Congresso Nacional adiando a decisão de medidas importantes para a busca do equilíbrio fiscal do país.

Entre as medidas a serem analisadas está a retomada da CPMF, prevista na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2016.
Ela é necessária, nos cálculos do governo, para fechar o ano com a meta de superávit primário (a economia feita para o pagar os juros da dívida) para o setor público consolidado equivalente a 0,5% do PIB.

Interferência do BC no câmbio
O Banco Central realiza nesta manhã leilão de rolagem dos swaps cambiais que vencem em 1º de fevereiro, com oferta de até 11,6 mil contratos. Na véspera, o BC rolou o equivalente a US$ 563,4 milhões, ou cerca de 5% do lote total, que corresponde a US$ 10,431 bilhões.

Fonte: G1

Redação

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