A sessão tem o objetivo facilitar o acesso da população cuiabana à obra por meio de uma sessão inteiramente gratuita, já que na cidade de Cuiabá o filme não entrou em cartaz. A iniciativa é da fotógrafa e mãe, Bruna Obadowski e da médica obstetra Caroline Paccola e conta com o apoio da Universidade Federal de Mato Grosso e do Cineclube Coxiponés.
O documentário dirigido por Eduardo Chauvet e Erica de Paula, retrata a grave realidade obstétrica mundial e sobretudo brasileira, que se caracteriza por um número alarmante de cesarianas ou de partos com intervenções traumáticas e desnecessárias. Através dos relatos de alguns dos maiores especialistas na área e das mais recentes descobertas científicas, questiona-se o modelo obstétrico atual, promove-se uma reflexão acerca do novo paradigma do século XXI e sobre o futuro de uma civilização nascida sem os chamados “hormônios do amor”, liberados apenas em condições específicas de trabalho de parto.
Para médica obstetra Caroline Paccola, o filme “serve para mostrar à população brasileira o quanto o pensamento sobre o parto no Brasil tem sido equivocado. Mostra que esse equívoco tem por base o capitalismo e a preocupação com a rentabilidade das empresas/operadoras de saúde e dos hospitais brasileiros, além da busca por comodidade de alguns médicos/obstetras”.
Caroline frisa ainda, que, por mais que o parto normal seja a melhor via de nascimento tanto para a mãe quanto para o bebê, é preciso ser feito com segurança e capacidade técnica adequada, principalmente quando se trata de parto domiciliar. Antes, é preciso priorizar a saúde da parturiente e do recém-nascido.
Após a exibição, haverá um bate-papo entre os participantes. A programação ainda conta com a exibição do documentário cuiabano "Meu parto, Meu Renascimento", dirigido por Aliana Camargo, e finaliza com um show de Myra Lee apresentando repertório especial para o evento.
Da Assessoria